Cidades

Falta de gasolina e óleo diesel prejudica o combate à chikungu

Veículos que lançam veneno nos bairros estão desabastecidos



 

A falta de gasolina e de óleo diesel em Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá, está impedindo o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti na cidade que vive uma epidemia de febre chikungunya desde setembro de 2014. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os carros que fazem a emissão do veneno estão desabastecidos por causa do problema, que já dura dois dias. Segundo relatório do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM), a chikungunya atinge 14% dos mais de 23 mil habitantes do Município, segundo o IBGE.

De acordo com o secretário de Saúde, Oscar Moraes, tanto os carros do órgão como os do Corpo de Bombeiros, que ajudam no combate à doença, estão desativados, por falta de combustível.: Estamos há dois dias sem fazer o trabalho preventivo nos bairros. Enquanto o problema continuar, vamos continuar sem realizar nossas ações”.

Segundo moradores da cidade, a falta de combustível está ocorrendo desde a segunda-feira, 09, porque um dos caminhões que seguiam de Macapá para abastecer os postos de Oiapoque apresentou um problema mecânico na região do Cassiporé, próximo ao município.

O radialista Adolfo Silva, que mora em Oiapoque, relatou que funcionários de um posto da cidade contaram que o problema também é causado pela falta do produto em uma das estações no município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá, que abastece outras cidades do estado.

As duas situações não foram confirmadas pelo presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis do Amapá, Rodrigo Utzig. Ele informou que ainda vai se pronunciar sobre o caso. A solução para muitos motoristas, segundo o radialista, é comprar a gasolina em Saint George, cidade da Guiana Francesa que faz fronteira com o Oiapoque: “Cada um tem se virado como pode. Eu também trabalho como mototáxi e também estou prejudicado com a situação. Alguns atravessam para o outro lado para conseguir gasolina e outros têm procurado álcool nos postos e nos comércios, mas não se sabe até quando vai durar”.

Procurado pela reportagem, por telefone, em seu gabinete, o prefeito de Oiapoque, Miguel de Almeida não retornou às ligações.


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