Nota 10

Herivelto Martins expõe em homenagem aos 72 anos da Biblioteca ‘Elcy Lacerda’

Extensa programação foi elaborada para homenagear o tradicional estabelecimento de saber


Douglas Lima

Da Editoria

Nesta quinta-feira, 20 de abril, a Biblioteca Pública ‘Elcy Lacerda’ completa 72 anos de fundação. Para comemorar a data, a direção do tradicional estabelecimento de saber elaborou extensa programação cultural e literária, tendo como pano de fundo o aniversário de nascimento do consagrado escritor Monteiro Lobato e a Semana do Livro Infantil.

A programação foi aberta com café da manhã oferecido a convidados, artistas e escritores do Amapá, seguido da abertura da exposição plástica de Herilvelto Martins, que nesta quinta-feira, 20, deu entrevista na Rádio Diário FM, e mostras de 20 artistas plásticos ainda desconhecidos do grande público amapaense.

Na programação, também há exibição especial em homenagem ao Dia do Índio, 19 de abril. Essa exposição conta com fotografias, artefatos, roupas e indumentárias dos povos indígenas.
Biblioteca Elcy Lacerda – A Biblioteca Pública de Macapá foi instalada em uma casa particular localizada na rua Mário Cruz, ao lado da então Intendência de Macapá, quando o Amapá ainda pertencia ao estado do Pará, com acervo doado pelo médico, político e acadêmico da Academia Paraense de Letras Acylino de Leão (1888-1950) e outras obras referentes ao ex território federal do Amapá.

Após a transformação do Amapá em território, uma das preocupações do primeiro governador, Janary Gentil Nunes, foi transferir o acervo existente para um local mais adequado, onde a comunidade pudesse ter melhor conforto em suas pesquisas e leituras.

No dia 20 de abril de 1945, sob a égide do chanceler da paz, eminente Barão do Rio Branco, foi criada oficialmente a Biblioteca Pública de Macapá, durante a comemoração do primeiro centenário de nascimento desta figura histórica. O ato foi presidido pelo governador interino Raul Monteiro, e a saudação feita pelo primeiro diretor da instituição, Paulo Armando Martins Xavier, e a biblioteca passou a funcionar em uma das salas do Grupo Escolar Barão do Rio Branco.

Em 1950 foi transferida para um prédio construído especificamente para esse fim, em frente à Escola Normal de Macapá (Ieta), atualmente Universidade Estadual do Amapá (Ueap).

Com o aumento considerável do acervo e havendo necessidade de outro prédio, em 1971 o governo do general Ivanhoé Martins decidiu que a biblioteca passasse a funcionar na rua São José, esquina com a avenida Mendonça Furtado, o endereço atual.

Em 1992, a Biblioteca passou por reformas e adaptações, sendo reinaugurada em 10 de junho de 1994. Nesses dois anos ela funcionou no prédio da Cobal (hoje Sebrae) e através da Lei nº0269, de 12 de junho de 1996, a Biblioteca foi personalizada com o nome de Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda, homenagem à professora que tanto engrandeceu o Amapá no Brasil e no mundo. Entre o fim de 2009 e o dia 27 de abril de 2012, a Biblioteca ficou fechada para reformas e adaptações. Reabriu e foi reinaugurada pelo governo do Amapá.


A Biblioteca hoje

A Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda tem prestado relevante auxílio à pesquisa da comunidade amapaense, principalmente aos estudantes, através de suas salas de referências. Também auxilia tecnicamente e materialmente as bibliotecas municipais, buscando organizar um sistema de rede entre as bibliotecas do estado, com um acervo em cerca de 60 mil itens (dentre livros, jornais, revistas, CDs e DVDs) distribuídos em várias salas que recebem o nome de artistas e escritores locais, além de abrigar a Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular.

A Biblioteca Pública Elcy Lacerda é considerada um centro de referência aos pesquisadores, que nela encontram diversos tipos de suporte para que desenvolvam trabalhos, principalmente monografias, teses e trabalhos escolares.

Ponto de encontro de escritores que realizam os lançamentos de suas obras, fazem a exposição de seus trabalhos e realizam palestras com estudantes e professores, a biblioteca também dispõe de um grupo de teatro constituído por servidores que trabalham peças da literatura infantil, principalmente Monteiro Lobato. Esse grupo também conta histórias e realiza apresentações na própria biblioteca e nas escolas, inclusive em municípios do interior.

Vinculada à Secretaria de Estado e Cultura, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, a Biblioteca tem sido um órgão que ao longo da história vem desenvolvendo um trabalho que colabora sobremaneira para que o estado preserve sua cultura. Ela é a guardiã de um rico acervo de obras raras, de clássicos das literaturas brasileira e universal, coleções de periódicos como o Jornal Amapá (primeiro diário oficial do território), exemplares do jornal Pinzônia, o primeiro jornal do território, e da biblioteca particular e objetos pessoais da professora Elcy Lacerda, homenageada com o nome da instituição.


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