Mônaco bloqueia € 10 milhões do sucessor de Cerveró na Petrobr
Foi diretor da área Internacional entre 2008 e 2012.
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada teve 10 milhões de euros bloqueados por autoridades do Principado de Mônaco, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).
Zelada foi o sucessor de Nestor Cerveró, um dos suspeitos de participação do esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro da Petrobras desvendado pela Operação Lava Jato. Zelada comandou o setor entre 2008 e 2012.
Apesar de não haver denúncia contra Zelada, o MPF afirmou que considera a informação importante e que vai investigar a origem do dinheiro. Ainda de acordo com o MPF, a simples existência de valores depositados em uma conta no exterior, mesmo quando é incompatível com a renda do proprietário, não constitui crime. Diferentemente dos demais diretores da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato, não há provas suficientes para embasar uma denúncia contra Zelada.
Delações
O nome do ex-diretor apareceu nas investigações a partir de delações premiadas de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Serviço e Refino e Abastecimento, e do ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco.
Segundo Costa, os diretores “sabiam e participavam do processo, se beneficiando das vantagens indevidas”. Barusco, por sua vez, mencionou Zelada ao explicitar a mediação de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, no esquema de pagamento de propina.
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