Política Nacional

‘DF ainda sofre consequências da Caixa de Pandora’, avalia Ministério Público

Segundo promotor, sentenças não deixam dúvidas de que esquema de fato existiu


Fazendo um balanço das condenações na Caixa de Pandora, o promotor Clayton Germano – à frente das investigações no Ministério Público – disse acreditar que o Distrito Federal sofra até hoje as consequências do esquema de corrupção que desviou dinheiro público para comprar políticos. Segundo ele, as sentenças no âmbito criminal não deixam mais dúvidas de que o “Mensalão do DEM” de fato existiu.

“Esses fatos foram e são ainda extremamente graves porque até hoje repercute no seio da sociedade. O Distrito Federal quase sofreu uma intervenção federal. Houve o desmantelo nas áreas de segurança, educação, saúde, de tal maneira que eu acredito que até hoje o Distrito Federal ainda sofra as consequência dos crimes praticados por essa organização criminosa.”

A Justiça condenou à prisão o ex-governador José Roberto Arruda na “farra dos panetones”. Também foram condenados os ex-distritais Eurides Brito e Odilon Aires. Todos poderão recorrer em liberdade, mas tiveram documentos apreendidos para evitar que fujam.

Estas foram as primeiras condenações na esfera criminal, lembrou o promotor porta-voz do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Outros processos da Pandora já tinham sido julgados no âmbito cível, em ações por improbidade administrativa.

“O objetivo principal da operação Caixa de Pandora e da investigação realizada pelo MP foi de combater uma organização criminosa que se utilizava de recursos públicos desviando e corrompendo deputados distritais para comprar a consciência desses deputados e fazer com que aprovassem leis de interesse do Poder Executivo, bem como também não fiscalizassem o governo do réu José Roberto Arruda.”


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