Nota 10

Antônio Munhoz é sepultado com o respeito da classe cultural amapaense

A massa dos segmentos culturais marcou intensa e grande presença nos últimos momentos de Munhoz sobre a terra, bem representantes da A Banda e Confraria Tucuju.


O corpo do professor Antônio Munhoz Lopes foi sepultado no fim da tarde dessa terça-feira, 23, no cemitério Nossa Senhora da Conceição, após velório ocorrido durante a noite passada e o dia de ontem.

O féretro com o cadáver do professor foi colocado em carro aberto do Corpo de Bombeiros, coberto pela bandeira do Colégio Amapaense.

Composto de imensas fileiras de carros, o cortejo percorreu a avenida FAB; dobrou na rua Eliezer Levi; pegou a avenida Iracema Carvão Nunes com rápida passagem em frente ao Colégio Amapaense; General Rondon; avenida Ernestino Borges, também com rápida passagem pela A Banda. Depois seguiu para a última morada do professor, no cemitério Nossa Senhora da da Conceição, onde há anos o mestre já tinha mandado construir o seu mausoléu.

Durante o velório no plenário da Assembleia Legislativa não foi notada presença de autoridades de nenhum poder constituído. Apenas o deputado estadual Paulo Lemos não arredou pé do velório, e acompanhou o cortejo.

A massa dos segmentos culturais marcou intensa e grande presença nos últimos momentos de Munhoz sobre a terra, bem representantes da A Banda e Confraria Tucuju. Familiares vieram de Belém para os funerais.

A atividade de professor de literatura do Colégio Ampaense, de Munhoz, foi entrelaçada com as de poeta, folião, escritor e cidadão querido de Macapá. Também era Cidadão do Mundo, tendo viajado por praticamente todos os continentes.

Munhoz foi um ícone da cultura amapaense. Ele estava doente desde 2015, quando paralisou as suas atividades no rádio como participante do programa de César Bernardo, na 102,9, e na Rádio Diário, programa ‘É Domingo’, então apresentado por Douglas Lima.

Natural de Belém (PA), Antônio Munhoz veio para o Amapá em outubro de 1959, trazido pelo governador do então território federal, Janary Nunes. Ele chegou a ser delegado do Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), no governo militar brasileiro, lotado no Amapá. Foi também vereador de Macapá, conselheiro e folião do bloco A Banda.


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