Douglas Lima

Em cima da mesa

Medida Provisória 765


Preocupados com a inverdade do fato noticiado em meio de comunicação da cidade de Macapá, a respeito do deputado federal Cabuçu Borges (PMDB), de que estaria fazendo ‘bagunça’ no plenário da Câmara, funcionários federais empenhados na luta em Brasília afirmam ocorrer exatamente o contrário, ou seja, que o deputado teria subido na mesa, sim, mas para chamar a atenção dos parlamentares para votarem a Medida Provisória 765, considerando o barulho excessivo e as discussões infrutíferas.
A matéria deve ir novamente a plenário nesta quarta-feira ou, no mais tardar, amanhã.

 

Lista da propina
De acordo com a revista eletrônica Congresso em Foco, dos parlamentares federais amapaenses beneficiados com doações da JBS, apenas o senador Davi Alcolumbre (DEM) recebeu dinheiro dessa empresa que se expandiu espetacularmente a peso de relações criminosas com o poder público brasileiro e parlamentares do país. Anunciado como pré candidato ao governo do estado, em 2018, o senador Davi tem a obrigação de justificar o recebimento dos R$ 138 mil constante da lista divulgada pelo órgão de comunicação. Que ele tenha botado as mãos nessa importância, tem de dizer, pois o recebimento pode ter sido processado de forma legal. Se o silêncio for a maneira do senador enfrentar a questão, decerto levantará uma série de suspeitas. Aliás que a própria Congresso em Foco é o espaço que Davi Alcolumbre pode bem usar para um esclarecimento, como já têm feito muitos deputados e senadores listados pela JBS como propineiros.

 

Até quando?
Um casal de amigos meus compreende o que significa esperar por respostas — respostas que parecem nunca vir. Quando um filho deles e a futura nora foram assassinados, em agosto de 2004, empreendeu-se uma caçada em todo o país, para encontrar o assassino e trazê-lo à justiça. Após dois anos de orações e buscas, ainda não havia respostas tangíveis às dolorosas perguntas com as quais as duas famílias lutavam. Havia somente o silêncio.

Em momentos como esse, somos vulneráveis às suposições e conclusões erradas sobre a vida, sobre Deus e sobre a oração. No Salmo 13, Davi lutava com as orações ainda não respondidas. Ele questionava por que o mundo era tão perigoso e rogou que Deus lhe desse as respostas.

Davi entoou um salmo difícil e parecia um canto de frustração. Entretanto, ao final, suas dúvidas e temores se transformaram em confiança. Por quê? Porque as circunstâncias das nossas lutas não diminuem o caráter de Deus e o cuidado dele por Seus filhos. Mas Davi dá um passo adiante. Ele ora de todo o seu coração: “No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação” (13:5).

Na dor e na luta por viver sem respostas, podemos sempre encontrar conforto em nosso Pai celestial. Quando oramos, Deus nos envolve em Seus braços amorosos. — Bill Crowder


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