Polícia

Professora Márcia Farias afirma ser inocente e diz que tem como provar

De pronto, a professora disse ser inocente da acusação que lhe pesa, e prometeu provar a sua inocência no decorrer da instrução processual do caso.


Douglas Lima
Da Redação

Ao completar uma semana em liberdade, ontem, depois de 17 dias enclausurada no Iapen, a professora Márcia Farias, 40, solteira, mãe de dois filhos ainda crianças, procurou o Diário do Amapá para dar a sua versão sobre o caso em que ela foi envolvida – roubo em carro com utilização do aparelho chamado Chapolin.

De pronto, a professora disse ser inocente da acusação que lhe pesa, e prometeu provar a sua inocência no decorrer da instrução processual do caso.

Dirigindo o carro de sua propriedade, um HB 20 preto, por volta das 10h30min, Márcia Farias foi abordada em Santana por policiais civis que ocupavam quatro carros camuflados. A ocorrência de que ela acabou sendo acusada ocorreu por volta das 7h30min.

A professora transportava Benivan Araújo, 35 anos, para tomarem café juntos, depois que ela saíra da Escola Vitória Régia, onde trabalha.

Márcia contou que os policiais foram logo lhe algemando, sempre perguntando pelas armas. Atônita, ela procurava entender o que estava acontecendo.

Nisso foi levada para Delegacia de Polícia Civil de Santana, trancada no xadrez e, depois, encaminhada para o Iapen, onde ficou 17 dias sem poder se expressar, atordoada pela reviravolta que ocorrera em sua vida.

Márcia Farias é conselheira municipal de educação de Santana, pedagoga, pós graduada em orientação e gestão de serviços públicos, servidora pública estadual concursada há 22 anos e tem docência superior.

Sobre Benivan Araújo, a pessoa que ela conduzia em seu carro, disse se tratar de um conhecido que encontrara à saída da escola e lhe dera carona para tomarem café juntos. A Justiça, no caso Chapolin, só liberou a professora Márcia.

O advogado da acusada, Paulo José, garantiu que as provas contra ela são frágeis, não representando o que de fato aconteceu.

Márcia Farias confessou estar ainda psicologicamente afetada, primeiramente em sua residência, pela intranquilidade que o caso levou aos seus dois filhos – um de 13 e outro de 7 anos de idade.
Depois fez questão de dar a seguinte declaração, falando pausadamente, com lágrimas nos olhos:

“Essa ocorrência fez uma devastação moral em mim. O período em que passei presa foi de uma grande aprendizado; pude fazer leitura do quanto a gente é voltada para o lado humano, passando a valorizá-lo. Isso também ocorre espiritualmente.Passei a conhecer um mundo onde se você não tiver a mente fria, você se contamina pelas mazelas sociais. É mais fácil se calar e aguardar o tempo certo de provocar defesa”.

O advogado Paulo José reforçou que a professora Márcia é inocente, dona de uma vida ilibada pela sua biografia e como mãe, pessoa e profissional.


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