Nota 10

Mostra de cinema estimula debate entre estudantes sobre direitos humanos

O evento, que ocorre simultaneamente nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal, é promovido pelo Ministério de Direitos Humanos, com apoio local das Secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Educação (Seed).


Foi um sucesso o primeiro dia da 11ª Amostra de Cinema e Direitos Humanos em Macapá. Jovens estudantes de diversas escolas da rede estadual lotaram da plateia do Teatro das Bacabeiras para acompanhar as duas primeiras das 29 exibições que estarão em curso até o dia 7 na capital amapaense. A abertura ocorreu na noite desta sexta-feira, 2.

O evento, que ocorre simultaneamente nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal, é promovido pelo Ministério de Direitos Humanos, com apoio local das Secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Educação (Seed).

A mostra traz 29 produções no circuito principal, entre curtas, médias e longa-metragens. Os filmes abordam racismo, saúde mental, direitos da população indígena, entre outros de relevância social. As exibições foram divididas em três categorias: Panorama, Homenagem (que aborda a obra da cineasta Laís Bodansky) e Temática (com foco em questões de gênero). A novidade do ano é a “Mostrinha”, que exibirá oito curtas-metragens voltados ao público infanto-juvenil.

Na Mostra Panorama, 17 filmes abordam aspectos gerais relacionados aos Direitos Humanos, tais como pessoas com deficiência, enfrentamento da homofobia, população negra, população em situação de rua, crianças, adolescentes e juventude.

A Mostra Temática conta com sete títulos relacionados às mulheres, orientação sexual e identidade de gênero, como empoderamento feminino, violência contra a mulher, direito à igualdade e a não discriminação, estereótipos de gênero, dentre outros.

Já a Mostra Homenagem presta tributo a cineastas que exploram, em suas produções, a temática dos Direitos Humanos. Neste ano, Laís Bodansky foi a escolhida pela relevância do debate que aborda em seus filmes: sua temática discute a possibilidade de um mundo onde todos possam viver igualdade de direitos e de oportunidades.

No primeiro dia, os estudantes assistiram ao curta Depois Que Te Vi e o documentário De Que Lado Me Olhas, que abordaram enredos sobre discriminação e diversidade de gênero. Estudante no ensino médio da escola Sebastiana Lenir, Amanda Limeira, de 16 anos, é o exemplo de que a amostra realmente estimula o debate.

“Achei muito interessante a maneira como o filme [De que Lado me Olhas] aborda a busca pela identidade. Me fez pensar que as vezes uma sociedade atrasada nos prejudica por querer impor como devemos ser, mas as coisas não são bem assim. É bom quando de alguma forma, através da leitura ou de um filme no cinema, tomamos conhecimento de outros pontos de vista para poder formarmos uma opinião melhor, mais livre de preconceitos”, opinou a estudante.


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