Polícia

Bope se prepara para enfrentar possível ‘novo cangaço’ no Amapá

Modalidade de crime vem crescendo no interior do Pará, e preocupação é que quadrilhas migrem para o Amapá


Elden Carlos
Jair Zemberg
Da Redação

Teve início nessa segunda-feira, 12, em Macapá, o curso de patrulhamento em ambiente rural que é ministrado pelo capitão da Polícia Militar (PM) do Mato Grosso, Marcos Eduardo Ticianel Paccola, e que é destinado a aprimorar a qualidade técnica dos policiais do Comando de Operações Especiais (COE) do Batalhão de Operações Especiais (Bope)

“Hoje nós temos uma modalidade de crime chamada em nossa região de ‘novo cangaço’. São assaltos violentos a bancos, instituições financeiras diversas e carros fortes. Essa modalidade já vem ocorrendo no interior do estado do Pará e existe uma preocupação por parte da PM do Amapá que essas ações também possam ocorrer aqui, já que as quadrilhas acabam migrando quando existem ações repressivas.

Geralmente são crimes planejados por vários criminosos e executados em cidades menores. Então, estamos trazendo novas técnicas para dotar os policiais do Amapá de conhecimento necessário nesse tipo de crime que é totalmente diferente de um assalto convencional. Aqui não temos esse tipo de registro, mas existem os chamados ‘ratos d’água’. Esse curso é exatamente para que se tenha toda a habilidade necessária em técnicas de rastreamento e contra rastreamento, orientação com GPS, carta terreno, busca e varredura, contra-emboscada, técnicas de tiro avançadas e técnicas de busca, dentre outras. Isso garantirá a segurança dos policiais e possíveis vítimas caso haja uma ocorrência dessa natureza”, explicou.

Durante duas semanas os policiais receberão o conhecimento teórico e prático do curso. Além de policiais do Mato Grosso, pelo menos cinco policiais do COE do estado do Pará participam do curso no Amapá.

“Recentemente houve um confronto no interior do Pará, onde cinco bandidos foram mortos em confronto com a polícia, mas um policial também acabou morto. Não havia o preparo necessário para incursões em área de mata e isso pode ter acarretado na morte do nosso companheiro de farda. São situações como esta que estamos buscando evitar”, concluiu.

“Esse curso visa melhorar a qualificação dos integrantes do Bope para as operações em ambientes rurais, ampliar sua capacidade técnica, contribuir para uma padronização das atividades e, consequentemente, melhorar os serviços prestados à sociedade. Além, é claro, de reduzir os riscos aos quais os integrantes do Bope se expõem nesse tipo de ação policial”, asseverou o comandante do Bope


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