Política Nacional

Janot defende atuação conjunta dos países da América Latina contra a corrupção

Para ele, combate à corrupção não pode ser tratado como uma questão ‘isolada’.


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a atuação conjunta de países da América Latina na criação de mecanismos para o combate à corrupção. Segundo ele, o crime deve ser tratado como uma questão que “afeta regionalmente o continente”.

Janot participou, em Brasília, da abertura do seminário Brasil-Japão de Combate à Corrupção. Ela citou a necessidade de cooperação na América Latina quando lembrava de uma reunião em Buenos Aires, da qual participou na semana passada, com outros procuradores do Mercosul.

“O combate à corrupção não pode ser tratado como uma questão isolada por cada um dos países. A questão da corrupção hoje tem que ser vista como uma questão que afeta regionalmente o nosso continente e, portanto, deve despertar uma atuação cooperada, consertada e ajustada em técnicas e procedimentos para o combate dos atos de corrupção que traçam os países do nosso bloco regional”, disse Janot.

Ele também ressaltou que a cooperação entre Brasil e Japão na área penal são recentes, mas já colaboram com a criação de uma rede internacional de combate ao crime.

“Desde de 2008 membros do Ministério Público Federal participam em Tóquio de cursos organizados pela Agência de Cooperação Internacional do Japão e a Unafei [Instituto das Nações Unidas para a Ásia e o Extremo Oriente para a Prevenção do Crime e Tratamento de Criminosos]. Este programa tem tornado possível a criação e a manutenção de uma rede internacional de parceiros na percepção de delitos no combate à corrupção. O curso na capital japonesa conta com juízes e procuradores de todo o mundo”, afirmou o procurador-geral.

Denúncia sobre Temer
Janot não falou com a imprensa na chegada nem na saída do evento. Ele foi questionado sobre a denúncia que deve apresentar contra o presidente Michel Temer, e que deve encaminhar à Câmara dos Deputados neste mês. Janot não quis responder sobre o assunto.

A denúncia do Ministério Público Federal deve acusar formalmente Temer de envolvimento em crimes como corrupção passiva e obstrução à justiça e será baseada nas delações e provas entregues pelos delatores da JBS.


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