Política Nacional

Primeira-ministra norueguesa diz que Lava Jato preocupa e pede ‘limpeza’ geral

Temer e Erna Solberg se encontraram em Oslo; grupo fez uma manifestação na frente do prédio onde presidente e Erna se reuniram


A crise política acompanha o presidente Michel Temer na viagem à Noruega. Na sexta-feira (23), a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, afirmou que a Operação Lava Jato preocupa e que é preciso achar uma solução para a corrupção. Ao lado de Temer, em Oslo, Solberg disse: “Estamos muito preocupados com a Lava Jato. É importante fazer uma limpeza”.

Durante o encontro, Temer e a primeira-ministra da Noruega conversaram sobre comércio e meio ambiente.

No discurso na conferência de imprensa após encontro com a primeira-ministra da Noruega, o presidente disse que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário funcionam com uma “liberdade extraordinária”. “A democracia no Brasil é algo plantado formalmente pela Constituição de 1988, mas praticada na realidade, ou seja, há uma coincidência absoluta entre a Constituição formal, ou seja, aquilo que está escrito, e a Constituição real, ou seja, aquilo que se passa no país”, afirmou.

Durante o discurso, o presidente cometeu uma gafe. Disse que iria se reunir com o “rei da Suécia” e não da Noruega. A falha foi corrigida na versão oficial do discurso enviada pelo Palácio do Planalto à imprensa. Um grupo fez uma manifestação em Oslo, na frente do prédio onde Temer e Erna se reuniram, exibindo cartazes pedindo respeito à democracia, aos direitos humanos e aos direitos indígenas.

Corte para a Amazônia
O governo da Noruega anunciou que deve cortar pela metade o repasse ao Fundo Amazônia previsto para o ano que vem. Serão R$ 200 milhões a menos para a proteção da floresta brasileira.
O país nórdico já investiu quase R$ 3 bilhões em projetos de preservação e proteção de povos indígenas e da Amazônia – o Brasil recebia o equivalente a R$ 400 milhões por ano. Mas, há cerca de três anos, os índices de desmatamento passaram a aumentar, e os noruegueses começaram a questionar as políticas de conservação.


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