Ameaçado de morte, prefeito de Itaubal nega que deve dinheiro ao agressor

Protagonista de uma grande confusão em via pública no último sábado (1º), que acabou na delegacia de polícia do município, o prefeito de Itaubal, Victor Hugo (PMDB) afirmou na manhã desta segunda-feira (03) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que foi agredido “gratuitamente”. Segundo ele, não é verdade que o mesmo deve dinheiro ao seu agressor por suposto empréstimo de dinheiro durante as últimas eleições municipais.

“No sábado a tarde eu me encontrava realizando fiscalização das obras em andamento no Itaubal e no momento em que eu saia da obra da Academia ao Ar Livre, esse rapaz, que estava em uma moto me abordou e começou não só a me xingar com palavras de baixo calão, como também me falou para pagar a divida senão ele iria me matar; ele repetiu isso de suas a três vezes; pedi que ele fosse na prefeitura porque ali não era local, mas ele continuou me ameaçando; e o incrível é que essa divida seria supostamente um empréstimo feito na época da campanha, que já se passaram praticamente nove meses, mas eu não emprestei dinheiro e, portanto, não devo absolutamente nada a ele”, garantiu.

Perguntado se conhece pessoalmente o agressor, Victor Hugo admitiu que ele trabalhou em sua campanha: “Eu o conheço sim, ele é conhecido como Júnior, mora no Itaubal e participou da campanha, mas não emprestei nenhum dinheiro dele, tanto que não há cheque, qualquer papel assinado, absolutamente nada; causa estranheza porque essa rapaz nunca havia feito nada contra minha pessoa e desde o inicio da semana ele vem agindo dessa forma”.

Sobre as providências adotadas, o prefeito explicou que foi registrado um B.O. na Delegacia de Polícia do Interior (DPI) e que solicitou medidas protetivas à justiça: “Nós fomos à DPI e registramos uma ocorrência, foi feito o TC (Termo Circunstanciado) que vai ser encaminhado à justiça de Ferreira Gomes, que tem jurisdição sobre Itaubal, e também pedi ao meu advogado para entrar com pedido de medidas protetivas e acredito que juiz não vai negar, principalmente pela minha condição de autoridade máxima do município, e nessa condição tenho que estar em todas as obras para acompanhar os trabalhos que estão sendo executados”.

O prefeito não descartou que a agressão seja decorrente de embates políticos, considerando que o seu mandato está sendo alvo de uma comissão processante na Câmara de Vereadores: “Eu não sei nem se esse rapaz é empregado; eu não tenho duvida nenhuma que não devo; e se ele acha que eu devo que apresente provas e leve à Promotoria; quero que ele prove que eu devo algo a ele; não sei se ele gastou algo com dinheiro dele (durante a campanha), mas eu desconheço; acredito que possa haver ligação política, mas como não tenho prova não posso alegar isso”.