Dois fisioterapeutas trabalham no Setor de Órtese e Prótese do Creap, Enéas Valentim e Tamyres Porteglio. Eles explicam que os pacientes que precisam de reabilitação são encaminhados por hospitais, postos de saúde e UBS (Unidade Básica de Saúde) com diagnóstico e avaliação médica, historiando a causa da amputação, se por acidente de trânsito, câncer, diabetes, ou outras doenças correlacionadas: “É importante que os médicos façam os encaminhamentos com o histórico dos pacientes para que sejam feitos os atendimentos de forma competente”, pontua Tamyres.
Atuando há dois anos no Creap, a pedido da reportagem do Diário do Amapá Tamyres relatou o caso que mais comoveu a equipe técnica: o de uma criança do interior do Estado que recebe assistência periódica: “Essa criança (o nome é omitido em acatamento ao Estatuto da Criança e do Adolescente) foi trazida pela mãe dela ao Creap com 7 anos de idade apresentando múltiplas amputações congênitas, sem a coxa de um lado e, do outro, amputação abaixo do joelho, além de não possui a mão de um lado e braço do outro. Providenciamos as próteses e conseguimos fazer a reabilitação dela em tempo recorde (1 mês).
No total, ela conseguiu andar dois meses após o início dos atendimentos, mas foi preciso uma dedicação extremada da nossa parte, mas, felizmente, em decorrência desse empenho, acompanhamento psicológico e apoio familiar conseguimos êxito, mas, por causa da tenra idade, todos os meses ela vem aqui para reavaliação, porque as próteses têm que ser adequadas ao crescimento”.
Deixe seu comentário
Publicidade