Política

Teles Júnior diz que vitória de Temer fortalece a economia do Brasil

Secretário de Planejamento afirma que permanência do presidente da República permite aprovação de reformas, em especial a da Previdência, que no entendimento dele é vital para a concretização do ajuste fiscal


O titular da secretaria de estado de Planejamento (Seplan), economista Antônio Teles Júnior afirmou nesta quinta-feira (03) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que a rejeição pela Câmara dos Deputados de autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue o presidente da República Michel Temer fortalece a economia do Brasil e permite a aprovação de reformas, em especial a da Previdência, que no entendimento dele é vital para a concretização do ajuste fiscal. Duas semanas antes da votação em Plenário, em entrevista ao programa Teles Júnior previu a vitória de Temer e disse que uma eventual troca no comando do país poderia prejudicar a retomada do desenvolvimento econômico.

“Existe uma regularidade na ciência politica, principalmente no campo ideológico, onde tem forte relação com o fortalecimento da democracia através de um ambiente de estabilidade econômica; essa liberação de emendas aconteceu por ocasião do Mensalão, quando o Brasil ia muito bem na economia e não denunciaram o Lula, porque se teve um ambiente para articulação; isso é fato; a vitória de Temer foi uma demonstração de força, e o Temer é um homem que foi três vezes presidente da Câmara; particularmente ele tem condições de se articular e formatar a base, mas também essa vitória foi facilitada pelo ambiente econômico favorável”, analisou.

Instado a comentar sobre se liberação de recursos de emendas impositivas antes da votação, que de acordo com a oposição seria moeda de troca para impedir a autorização da investigação pelo STF, Teles Júnior minimizou: “Na tentativa de se manter no Poder a então presidente Dilma também liberou emendas, mas não evitou o impeachment, valendo lembrar que o ambiente econômico era muito desfavorável na época, além do fato de que apesar do Temer ter um desgaste muito grande, com a maior desaprovação da historia, de mais de 80% não há manifestação nas ruas como teve com relação a Dilma”.
 
Reforma da Previdência
Perguntado se a votação que Michel Temer na Câmara garante a aprovação da reforma da Previdência, o economista disse que sim: “O Temer teve 263, além das abstenções e dos votos dos deputados que se ausentaram. Para a aprovação da reforma da Previdência ele precisaria de algo em torno de 308 votos para dar tranquilidade; diante dos sinais de recuperação da economia é possível aprovar sim, e é necessário aprovar por o ajuste fiscal depende da reforma da previdência. Esse é o passo mais importante a ser dado. Haverá desgastes, mas o próprio Congresso Nacional demonstrou essa disposição”.

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