Greve dos servidores da educação de Macapá é discutida no plen
Foi deflagrada nessa quarta-feira, 15. Professores querem 13,01% de reajuste
As galerias da Câmara Municipal de Macapá ficaram lotadas durante a sessão ordinária dessa quinta-feira, 16, por servidores da educação que buscam uma solução para o impasse sobre o reajuste salarial para a categoria. Eles foram recebidos pelos parlamentares que usaram a tribuna da Casa para lhes prestar apoio.
O presidente da Executiva Municipal do Sindicato do Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap), Ailton Costa, disse que a categoria cobra do Executivo o reajuste salarial, melhores condições de trabalho, progressões e promoções atrasadas pela Prefeitura de Macapá.
“O prefeito prometeu no ano passado que atualizaria o piso da categoria, mas isso não foi cumprido. Estamos em greve por tempo indeterminado e na luta por uma educação de qualidade”, justificou o sindicalista.
O vereador Nelson Souza (Pros) defendeu uma ampla negociação entre a classe e o Executivo Municipal: “A administração municipal não está se omitindo de discutir propostas, mas é necessário que isso seja feito com responsabilidade para não colocar em risco a administração pública”.
O secretário de administração, Carlos Michel, que esteve na Câmara Municipal e usou a tribuna, disse que o município precisa de um prazo maior para apresentar a contraproposta, a partir de um estudo de impacto na folha de pagamento e no orçamento do município.
De acordo com o secretário, a prefeitura está fazendo o possível para atender a categoria, mas tem esbarrado na falta de recursos: “Sempre estivemos lado a lado com o `sindicato, inclusive convidamos o Sinsepeap a vir para dentro da prefeitura, para que entenda como funciona a administração municipal, para constatar que estamos fazendo o possível”.
Carlos Michel disse entender que a deflagração da greve foi precipitada: “A prefeitura não pode tomar uma decisão irresponsável, que pode até comprometer a folha de pagamento. Certamente com isso teria problema lá na frente. Foi deflagrada a greve, mas ainda nem foi apresentada qualquer proposta. O dialogo é importante. A secretaria fez questão de vir à Câmara para acompanhar a discussão e esclarecer os pontos obscuros. Abrimos os nossos números para o Sindicato de uma forma transparente para que conheça os motivos dos encaminhamentos do percentual do reajuste salarial”.
A vereadora Aline Gurgel lembrou que os professores têm uma pauta extensa de reivindicações, seja quanto ao piso salarial, revisão da carreira ou estrutura pedagógica. “Vamos intermediar essa negociação. Solicitamos à PMM que as comissões não fiquem de fora das mesas de negociação, pois entendemos que não se pode fazer a negociação sem um estudo técnico do impacto acerca do orçamento”, completou Aline Gurgel.
Ficou decidido que os vereadores que fazem parte das comissões Tributária, Financeira e Orçamentária e de Educação, Cultura e Desportos acompanharão os servidores nas próximas mesas de negociação, na Prefeitura de Macapá.
Deixe seu comentário
Publicidade