Temer e ministros discutem novas concessões para reforçar caixa do governo
Além de leilão de novos aeroportos, governo pode vender participação da Infraero em terminais que já estão sob concessão
Em busca de recursos para tentar cumprir a nova meta fiscal do próximo ano, que deve subir de um déficit de R$ 139 bilhões para R$ 159,5 bilhões, o presidente Michel Temer está reunido com sua equipe econômica e ministros da área de infraestrutura para definir um novo conjunto de concessões e privatizações para engordar o caixa do Tesouro em 2018.
Na lista dos estudos está a concessão dos aeroportos de Santos Dumont (RJ) (foto), e Congonhas (SP), além da venda da participação da Infraero em aeroportos que já estão sob concessão, como Guarulhos, Brasília e Viracopos.
Na semana passada, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, anunciou que o governo avalia leiloar 19 novos aeroportos. A expectativa inicial de técnicos é que, só com as novas concessões no setor aeroportuário, seria possível levantar mais R$ 20 bilhões.
Esses recursos viriam da outorga – valor pago ao governo pelo direito de explorar uma estrutura pública. No mais recente leilão de aeroportos, realizado em março, os vencedores se comprometeram a pagar ao governo uma outorga total de R$ 3,73 bilhões.
Meta fiscal
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, espera definir na reunião desta segunda as concessões que poderão ser incluídas, de forma segura, nos cálculos da meta fiscal do próximo ano.
Segundo assessores, Meirelles ainda acredita ser possível definir para o próximo ano um déficit um pouco menor do que R$ 159,5 bilhões, exatamente para sinalizar que o governo vai reduzir aos poucos o rombo nas contas públicas.
Depois desse encontro, o governo irá definir o que exatamente de novo pode entrar no cálculo das receitas extraordinárias para 2018.
Para 2017, a meta deve subir de um déficit de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões.
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