Política Nacional

Rodrigo Maia diz que revisão de meta é ‘jeitinho’ e que coisas ‘não caminham bem’

Governo deve anunciar nova meta fiscal, que deve elevar em R$ 20 bilhões a previsão do rombo nas contas públicas para 2017


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a provável mudança na meta fiscal que deverá ser anunciada pelo governo aumentando a previsão do rombo nas contas públicas deste ano e de 2018.

Para ele, a mudança representa um “jeitinho” e faz parecer que as “coisas caminham bem”. Mas, segundo o presidente da Câmara, “a gente sabe que não caminham bem”. A previsão é de que o governo proponha um aumento de R$ 20 bilhões para o teto do rombo das contas públicas neste ano e de R$ 30 bilhões para 2018. Hoje, o teto é de déficit de até R$ 139 bilhões, para 2017, e de até R$ 129 bilhões, no ano que vem.

“Se nós não organizarmos as contas públicas de uma vez, cada vez vai ficar mais difícil no futuro fechar as contas do governo. Porque, se cada vez tem um jeitinho, se cada vez aumenta a meta [fiscal] mais do que precisa, você acaba gerando um gasto desnecessário, um aumento de endividamento desnecessário. Fica parecendo que as coisas caminham bem, mas a gente sabe que não caminham bem”, afirmou Rodrigo Maia.

A proposta do governo precisará de aprovação do Congresso para passar a valer. Se a proposta for aprovada, o governo ganharia autorização para que suas despesas superem as receitas com impostos e contribuições em até R$ 159 bilhões, tanto em 2017 quanto em 2018. No somatório dos dois anos, o rombo ficaria cerca de R$ 50 bilhões maior.


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