A dor do Brasil moderno
O problema quando estudado pela filosofia baseia-se na existência, conhecimento, verdade e nos valores morais.
Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista
O leitor em pleno gozo de seus direitos constitucionais tem o direito e também o dever de se manifestar sofrido pesar pela situação política vivida pelo Brasil nos últimos 20 anos, período no qual desencadeou enorme reversão de valores éticos e morais, jogando a Nação em lamaçal com inimaginável conceito difícil de ser absorvido por pessoas racionais, as mesmas que a filosofia julga essenciais na humanidade na busca da compreensão e comunhão entre os homens para melhor entendimento com o mundo.
O problema quando estudado pela filosofia baseia-se na existência, conhecimento, verdade e nos valores morais. Pergunta-se então : aonde estavam os homens deste país que não viram a desordem que se avizinhava e que agora requer tempo para saná-los ?
O Brasil de hoje se assemelha com os tempos das guerras travadas através dos séculos, nas quais conquista era o ponto máximo, não levando em conta os estragos provocados por decisões egôcentritas em prejuízo de milhões de seres humanos.. Os exemplos se sucedem e o que seria prioritário para trazer paz e progresso ao país, ao contrário, o vetor é dirigido para outra direção, e o que a filosofia conceitua como elo de união transforma-se em plataforma de debate em que as opiniões divergem, deixando o país a mercê de interesses subalterno..
No jogo das contradições, o momento era oportuno para a formação de uma elite para livrar o país do abismo. Ao contrário, ao invés de conciliação para se encontrar o melhor, o resultado é o inverso, e cada um estabelece um ponto de vista e, para isso, chega-se à mentira e à traição. Na verdade, não se entende, pois cada um tem sua verdade. A Lavo Jato, surgida como bálsamo para elevar o Brasil sofre desgastes e os responsáveis pela balbúrdia de hoje são conscientes de que se livrarão das penas dos crimes cometidos, pois para tanto mentem, jurando inocência.
Os parlamentares que poderiam salvar o país vacilam e muda de opinião dispostos a se apoiar noutro porto que lhe dê segurança para continuar a sina em prol do nada. O episódio Michel Temer e a mala revela o quanto são pusilânimes os parlamentares. O encontro na madrugada no Jaburu, com gravadores à tiracolo, foi manobra vil que iguala santos e pecadores. Gesto como os de alguns congressistas, antes vistos como paladinos da lealdade, mostra-se inteiramente nu ao trair a quem sempre jurou fidelidade.
Os eleitores têm pela frente variados exemplos que não lhes possibilitam mais errar, pois teremos o dever do comparecimento às urnas eletrônicas em outubro de 2018, com a vantagem de termos conhecimento dos personagens atuais, alguns que estão por si sós condenados por terem deixado a política do Brasil cabisbaixa, para vergonha deles mesmos. Custa acreditar na filosofia da maioria dos parlamentares de Brasília e a avidez na busca de favorecimento em causa própria causa. Michel Temer é a bola da vez. Cercado por todos os lados ele continua sobrevivendo apesar da ira de quem ele mesmo chamou de querer derrotar o Brasil..
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