Política

Seminário debate prejuízos da terceirização para os trabalhado

Em Macapá



 

A deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP) promoveu nessa sexta-feira, 24, no auditório do Macapá Hotel, o seminário “Os prejuízos da terceirização para os trabalhadores do Brasil”. Trabalhadores, empresários, advogados, profissionais liberais, professores, políticos e estudantes amapaenses participaram do evento.

A matéria que altera as relações trabalhistas no Brasil foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora será votada pelo Senado Federal. No encontro, a juíza Claudine Rodrigues, da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – Anamatra; Joilson Cardoso, do Movimento Sindical do PSB e da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB; Flexa Costa, da Central Única dos Trabalhadores – CUT-AP; e o senador João Capiberibe (PSB/AP) debateram os prejuízos caso o projeto seja aprovado.

O senador Capiberibe disse que vai trabalhar junto aos seus pares para que o Senado mude os pontos que foram alterados na Câmara, como a emenda que permite a terceirização das atividades-fim das empresas privadas e que alterou diversos pontos do texto-base.

“Conquistas que tiveram o esforço da classe trabalhadora não podemos perder. No Senado vamos trabalhar para rever a matéria”, pontuou.

A deputada Janete Capiberibe, que votou contra as mudanças nas leis trabalhistas, ficou satisfeita pelo envolvimento da sociedade amapaense no assunto, principalmente os movimentos sindicais.

“A classe trabalhadora não pode ser prejudicada. Só os grandes empresários têm interesse na aprovação desse projeto, que literalmente rasga a CLT [Consolidação das Leis Trabalhista], que é uma conquista do cidadão brasileiro. Temos que pensar no futuro e dizer não a esse projeto”, defendeu Janete.

Para a juíza Claudine Rodrigues, da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho, as casas legislativas, seja em que esfera for, precisam ser o celeiro da vontade da sociedade e esse tema revela a insatisfação do povo em relação à terceirização do trabalho. “A terceirização é uma espécie de atravessador da mão de obra e, todas as vezes que se coloca o atravessador, o custo aumenta, indo de encontro ao principal argumento daqueles que defendem esse projeto. A empresa precisa ter lucro e só tem lucro quando se pagar um salário menor e a redução dos salários prejudica de forma direta o trabalhador, por isso a terceirização é prejudicial à sociedade brasileira”, avaliou a juíza.

O vice-presidente da CUT no Amapá, Flexa Costa, comentou que nenhum projeto vindo da classe empresarial é boa para o trabalhador. “Não podemos cruzar os braços, querem acabar com a classe operária, esse projeto acaba com os nossos direitos como a licença maternidade. Esse projeto trata o trabalhador como uma peça descartável”, argumentou Flexa.

Já o vice-presidente nacional da CTB, Jonilson Cardoso, falou da importância de chamar a sociedade para participar desse debate que atinge o trabalhador brasileiro.


Deixe seu comentário


Publicidade