Política

Crise econômica obriga empresas e trabalhadores a se reinventa

Economista diz que empresas e trabalhadores precisam se ‘reinventar’



 

 

O anúncio divulgado nesta semana de que a Caixa Econômica Federal (CEF) precisou reduzir o limite de financiamento para operações com base na caderneta de poupança – por falta de recursos – reafirmou a gravidade do cenário econômico no país.

De acordo com o economista Jurandil Juarez, no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) na manhã desta terça-feira, 28, a crise acentuada provocou uma avalanche de saques da poupança nos últimos meses, causando um esvaziamento nos cofres do banco público.

“São muitos fatores agregados que estão provocando essa retração. O Amapá, por sua vez, acaba sentido ainda mais esse efeito por ter uma economia fragilizada, se não vejamos: o setor mineral – uma das principais fontes de arrecadação do Estado – entrou em colapso provocando o fechamento de centenas de postos de trabalho. Por tabela, esse impacto foi sentido no comércio causando o aumento astronômico da inadimplência. As vendas diminuíram, os juros se elevaram e tudo ficou estagnado. É possível afirmar com toda certeza de que 2015 é um ano economicamente perdido”, declara o economista.

Jurandil Juarez ainda observa que a região Norte lidera o ranking nacional de endividamento. “O cidadão está cada vez mais endividado e a razão é simples, os juros se tornaram uma carga impossível de se carregar. Atualmente existem taxas de juros que chegam a 350% ao ano. Imagine um trabalhador que ganha R$ 2 mil por mês e tem uma dívida de R$ 21 mil, por exemplo. Imagine esse juro sobre a dívida. Quando ele vai poder pagar isso?”, questiona.

Quanto à falência momentânea da caderneta de poupança o economista faz um alerta: “Quem tiver um dinheiro disponível na poupança pode fazer um bom investimento aplicando esses valores em imóveis. Esse ainda é o melhor negócio. A crise também afetou o setor imobiliário que não consegue vender suas casas e apartamentos. E como mercadoria não pode ficar parada na prateleira, quem dispor de um dinheirinho pode fazer um excelente negócio. Nesse caso, a ordem é barganhar”, afirma.

Em meio ao caos financeiro, Juarez faz outro alerta. “Nesse momento é preciso se reinventar. Isso serve tanto para os empresários quantos para os trabalhadores que perderam os empregos. Essas pessoas têm uma chance de procurar maior qualificação por meio de cursos profissionalizantes que estão disponíveis. A palavra de ordem é se reinventar”, conclui.


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