Política

Senadores criam Frente Progressista Suprapartidária

Em defesa das conquistas dos trabalhadores e da cidadania



 

Preocupados com iniciativas da Câmara dos Deputados na votação de projetos que golpeiam históricos direitos dos trabalhadores e conquistas da cidadania, obtidas ao longo dos anos, um grupo de senadores de diferentes partidos, liderados por João Capiberibe (PSB-AP) criou a Frente Progressista Suprapartidária.

O objetivo do grupo é defender esses direitos e essas conquistas e impedir que sofram graves retrocessos com a aprovação pelo Senado Federal de projetos oriundos da Câmara dos Deputados, tais como os da redução da maioridade penal, do Estatuto da Família, da terceirização, que aprofunda a precarização dos direitos do trabalhador, e propostas de alterações no Estatuto do Desarmamento.

Na reunião de constituição da Frente, realizada no gabinete do líder do PSB, senador João Capiberibe (PSB/AP), estiveram presentes também os senadores Lindbergh Farias (PT/RJ), Telmário Mota (PDT/RR), Cristovam Buarque (PDT/DF), Paulo Paim (PT/RS), Hélio José (PSD/DF), Roberto Requião ( PMDB/PR), Donizeti Nogueira ( PT/TO), Regina Sousa (PT/PI), Lídice da Mata (PSB/BA), Jorge Viana ( PT/AC), Roberto Rocha ( PSB/MA), Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) e Vanessa Graziotin (PCdoB/AM)

“Estamos muito preocupados com a agenda conservadora que nos pegou de surpresa. Formamos uma Frente Progressista para se contrapor à essa onda de propostas que tem quatro pontos fundamentais – o projeto da regulamentação da terceirização do país, as propostas de redução da maioridade penal, da flexibilização de armas, com mudanças no Estatuto do Desarmamento, e o chamado Estatuto da Família, que nos devolve ao início do século XX. Essa agenda é inaceitável e pretendemos conseguir a adesão de mais de 30 senadores. Não vamos aceitar que o clientelismo mande na pauta do Congresso”, afirmou o senador Capiberibe.

Para o senador Cristovam Buarque (PDT/DF), “em vez de avançarmos na reforma política que o Brasil precisa, vamos regredir em políticas sociais de décadas e isso é inaceitável”.

“O Senado vai funcionar como um contrapeso à essa agenda da Câmara. Vamos conversar um a um com os senadores”, garantiu o senador Lindbergh Farias (PT/RJ). “Esse Congresso não foi feito para mudar a Constituição e seus direitos fundamentais”, acrescentou a senadora Lídice da Mata (PSB/BA).


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