Deteriorado, Museu Indígena Kuahí teve peças perdidas durante
Por não ter sido efetuado o pagamento da obra, empresa responsável não deu continuidade ao trabalho no local
O Museu Indígena Kuahí está deteriorado. Peças indígenas de alto valor cultural foram perdidas durante reforma não concluída no ano passado. A situação foi constatada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
No prédio a situação é caótica, todas as salas estão com infiltração, a rede elétrica danificada, peças indígenas foram perdidas, devido a retirada do telhado do museu. Com a chuva o prejuízo só aumentou.
A direção do Museu explica que, por não ter sido efetuado o pagamento da obra, a empresa responsável não deu continuidade ao trabalho no local. “Encontramos o museu dessa forma, nós como indígenas ficamos muito tristes com o abandono. Somos quatro povos diferentes e esse é um espaço para mostrarmos nossa cultura para o mundo”, disse o diretor do museu, Sérgio Santos.
Na placa o indicativo do valor é de R$ 244.659,19, e o prazo de entrega de 90 dias. Logo, a reforma deveria terminar em novembro de 2014, o que não aconteceu. Para a voluntária Lux Vidal a atitude foi irresponsável. “É doloroso ver o museu nessa situação. Eu me sinto extremamente triste porque é um trabalho de anos jogado fora e o pior é a história de um povo que está se perdendo”, lamentou.
Reparos emergenciais
O secretário de Estado da Cultura, Disney Silva, informou que está tomando as medidas necessárias para solucionar o problema e responsabilizar juridicamente os responsáveis pelo prejuízo. “Isso é um descaso com o patrimônio público e nós vamos tomar medidas urgente, fazer uma reforma para minimizar os problemas e trabalhar em um projeto para uma reforma maior”, afirmou.
O secretário disse ainda que já entrou em contato com a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) que informou que ainda em maio vai enviar um engenheiro para analisar a situação.
Para a reforma imediata um aditivo no valor de R$ 111.788, foi solicitado junto à Seinf e o prazo de entrega estendido para 180 dias. Até julho o museu deve ser reaberto ao público. Durante a visita também foi anunciada a nomeação dos sete funcionários que atuarão no museu, todos indígenas.
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