Polícia

Juiz aceita denúncia do Ministério Público contra o estelionatário Elton Lira

Roberval Pacheco determinou a citação de Elton Lira para responder à acusação, no prazo de 10 dias, caso ele não responda será aberto vista à Defensoria Pública para que o faça no prazo de 10 dias.


Paulo Silva
Da Editoria de Política

O juiz Roberval Pantoja Pacheco, da 1ª Vara Criminal de Santana, decidiu nesta segunda-feira (25/9) pelo recebimento da denúncia do Ministério Público do Amapá (MP-AP) contra Elton Félix Gobi Lira, da empresa Êxito Consultoria de Investimentos, acusado de aplicar golpe de R$846 mil por contrato de prestação de serviços com o Instituto de Previdência do Município de Santana (SANPREV) em fevereiro de 2015. Elton Lira está preso em Belém acusado de estelionato em pelo menos quatro municípios paraenses. “Recebo a denúncia, por atendimento às formalidades do artigo 41 do Código de Processo Penal”, destacou o juiz.

Roberval Pacheco determinou a citação de Elton Lira para responder à acusação, no prazo de 10 dias, caso ele não responda será aberto vista à Defensoria Pública para que o faça no prazo de 10 dias.

Se necessário, o juiz decidiu que deve ser atendida a Resolução 63/2008 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com o cadastramento imediato dos bens, coisas e valores procedentes de apreensão em procedimentos criminais no Sistema Nacional de Bens Apreendidos – SNBA (imóveis; veículos automotores, aeronaves, embarcações, moedas em espécie, armas e substâncias entorpecentes e de uso proscrito, etc).

A empresa de Elton ofereceu à SANPREV, em dezembro de 2015, uma carteira administrativa de investimentos, firmando o contrato de investimentos e capitalização, com base no qual foram aplicados R$ 846 mil.

A empresa, no entanto, atuava em desacordo com a legislação, uma vez que não possuía autorização para realizar investimentos no mercado financeiro, tendo seu registro cancelado junto a Comissão de Valores Mobiliários – CVM em setembro de 2014.

Mas, conforme relata o promotor de Justiça Anderson Batista de Souza, que assina a denúncia, mesmo com o impedimento legal e para ganhar a confiança das vítimas e realizar negócios em montantes financeiros consideráveis, Elton Lira forjou diversos documentos com o intuito de dar autenticidade aos supostos investimentos, utilizando logotipos da Caixa Econômica Federal e da própria CVM.

Lira também atuou na previdência dos municípios de Oeiras do Pará, Portel, Muaná e Belém, todos no estado do Pará onde ele cumpre prisão preventiva após ter sido apanhado em um hotel de luxo em Brasília.


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