Fusão entre PSB e PPS vai alterar drasticamente o mapa polític
Já anunciou sua candidatura à Prefeitura de Macapá, pode migrar para outro partido
Aunciada na noite dessa quarta-feira, 29, pelas executivas nacionais do PSB e PPS, a fusão entre os dois partidos deve acontecer até junho, após os colégios das duas siglas confirmarem a incorporação.
Entrevistado na manhã de ontem, 30, por telefone, no programa LuizMeloEntrevista, da Rádio Diário FM (90.9), o líder do PSB no Senado, João Capiberibe (AP), confirmou que o assunto já foi deliberado pelas lideranças dos partidos.
“Já está decidido. Na realidade, trata-se de uma conversa pra valer, embora a palavra final, e isso é fato, será dada pelo congresso dos partidos, que serão convocados para discutir a questão até junho, para que tenhamos tempo suficiente de legalizar a nova agremiação no prazo determinado pela legislação eleitoral, que é até um ano antes das futuras eleições”, explicou o parlamentar.
Questionado sobre a falta de afinidades entre as lideranças dos dois partidos em nível local, o senador admitiu que a fusão poderá provocar migrações de lideranças para outros partidos.
“Não há a menor dúvida de que fissuras vão ocorrer em vários estados, por conta das peculiaridades políticas regionais. Concretizada a fusão, é claro que o secretário Jorge Amanajás não nos acompanhará, exatamente por falta de afinidade política, assim como também nós, do PSB, teríamos dificuldades de aceitá-lo no mesmo partido”.
Fundo partidário
Ao ser indagado sobre o aumento de mais de 600% do fundo partidário, aprovado pelo Congresso Nacional e chancelado pelo Palácio do Planalto, João Capiberibe foi enfático: “Infelizmente fui voto vencido nesse aumento absurdo, principalmente quando enfrentamos um momento de crise. A proposta era de 380 milhões e saltou para 800 milhões de reais. Inclusive nós fizemos apelos para a Presidente Dilma vetar, mas por ser um governo enfraquecido esse veto não aconteceu, resultando na consolidação de um aumento abusivo e criando uma situação vexatória”, repreendeu.
Capiberibe diz que PSB terá candidatura própria à Prefeitura de Macapá
obre a posição do partido visando as eleições municipais de 2016, João Capiberibe garantiu que o candidato sairá da composição atual do PSB: “Temos excelentes quadros, com a deputada Cristina Almeida e o ex presidente da Caesa (Companhia de Água e Esgoto do Amapá), JRuy Smith, ambos experientes e de inquestionável competência para governar o município”, aditou.
O líder do PSB no Senado revelou, também, que a nova agremiação adotará a sigla PSB e o mesmo número (40), tal qual está registrado na Justiça Eleitoral, o que provocou imediata reação, por telefone, do vice prefeito de Macapá, Alan Sales (PPS): “Isso não quer dizer que o PPS vai desaparecer, que as conquistas vão ser esquecidas. Na realidade, se a fusão, realmente, se concretizar – e isso é quase certo – os espaços das lideranças e da militância dos dois partidos vão ser respeitados”, esclareceu.
O vice prefeito de Macapá admitiu que já conversou com o presidente nacional do partido, Roberto Freire, sobre o assunto: “Ficou bem clara a nossa posição. Temos várias pré candidaturas a prefeito já postas, inclusive a do secretário Jorge Amanajás. Nós, do PPS, vamos debater a questão com a cautela que merece, respeitando, sempre, é claro, a realidade local”, condicionou.
Caso não haja migração e/ou imigração de lideranças com a fusão dos dois partidos, o novo PSB (Partido Socialista Brasileiro) passará a contar com 7 senadores, 45 deputados federais e 3 governadores.
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