Cidades

Prefeitura continua diálogo com trabalhadores da educação

Servidores mantêm a greve. Mais de 35 mil alunos estão sem aulas em Macapá



 

Após contraproposta apresentada pela Executiva Municipal do Sindicato dos Servidores Públicos da Educação do Amapá (Sinsepeap), o prefeito de Macapá, Clécio Luís, e equipe técnica, receberam representantes da categoria para dar continuidade à Mesa de Valorização do Servidor.

Na reunião, educadores reforçaram o pedido de divisão do reajuste no vencimento base, estipulado em 13%, sendo que a prefeitura pagaria o percentual em duas vezes, com a primeira parcela de 10% em maio e 3% em outubro. Por sua vez, o prefeito reforçou a atual situação financeira da administração municipal e os avanços significativos feitos na educação, sobretudo, no que diz respeito à valorização do servidor.

Nos últimos dois anos, a Prefeitura de Macapá investiu R$ 20 milhões no pagamento de salários atrasados, concedeu 8% de reajuste, incluindo o piso de 7,97% para professores, pedagogos e auxiliares. Dos 41% investidos somente em março deste ano, 34% foi destinado à folha de pagamento, o que gera um impacto de 35% acima do orçamento só com folha.

Em 2014, apesar da polêmica da incorporação, os acordos assumidos em assembleia foram cumpridos, como o da insalubridade de 20% dos auxiliares educacionais e o pagamento de duas progressões. “Vale ressaltar que, quando a prefeitura apresentou a proposta em 2014, era esperado um crescimento do PIB de 4,5%, o que não se consolidou, crescendo apenas 0,1%. Além do que o reajuste proposto pelo MEC, apesar de justo, não dialoga com a realidade da economia brasileira. Para se ter uma ideia clara, só nesses 3 primeiros meses de 2015, houve uma queda de 11% em nossos repasses constitucionais”, explicou o prefeito.

A negociação com a categoria também contou com a participação e intervenções dos vereadores Washington Picanço, Gian do NAE, André Lima e professor Madeira. O prefeito garantiu que nos próximos dias a administração formalizará a nota técnica, com dados de receitas, previsão do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), orçamento do setor e impactos na folha de pagamento.

Enquanto as negociações avançam, mais de 35 mil alunos continuem sem aulas na Capital.


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