Mangabeira Unger diz que Amapá tem potencial inexplorado e que
Ministro apresenta cinco eixos para destravar economia amapaense
O ministro de assuntos estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, afirmou na tarde dessa terça-feira, 5, durante entrevista coletiva no Palácio do Setentrião, sede do governo do Amapá, que o ajuste fiscal não é a estratégia mais sensata para fazer avançar a economia no Brasil.
Unger disse que é necessário se implementar uma política que garanta a ampliação de oportunidades econômicas no país, e, principalmente que garante a capacitação profissional e educacional dos trabalhadores.
“Enfrentamos uma crise mundial e temos que nos reinventar diante disso. Estamos trabalhando uma política que reoriente o modelo de desenvolvimento econômico para que possamos crescer novamente. E isso passa obrigatoriamente pela criação de novas oportunidades e a capacitação educacional”, declarou Unger.
Mangabeira Unger veio ao Amapá cumprir uma agenda de compromissos que passava por uma visita técnica ao porto de Santana, distante 17 quilômetros da capital.
“Já debatemos a logística como fator de desenvolvimento regional durante um seminário pela manhã e agora vamos ministrar uma palestra sobre as novas estratégias de desenvolvimento para a Amazônia. É preciso que criemos uma política diferenciada para essa região que é complexa, sobretudo, no próprio setor logístico. Para que possamos traçar um grande plano de expansão econômico da Amazônia estamos sugerindo a retomada do Fórum dos Governadores da Amazônia. Assim, iremos apresentar as demandas, propor soluções para a problemática da região Norte e buscar os caminhos para concretizar os projetos”, disse de forma veemente o ministro.
Durante a coletiva o ministro propôs cinco eixos fundamentais – segundo ele – para o desenvolvimento econômico e social do Amapá. “Estamos vendo o Amapá de vocês ser tratado como o antigo Território Federal. É necessária a insistência para se fazer a repactuação para se atrair investimentos da iniciativa privada. Esse é o primeiro ponto.
Outro ponto importante é o setor logístico. “O estado está isolado geograficamente por terra do resto do país, porém, temos aqui um porto estratégico. A economia irá deslanchar quando esse instrumento marítimo estiver em plena atividade, não apenas servindo como exportador de grãos do Centro-Oeste, mas dos próprios produtos amapaenses”, observou.
O incentivo à indústria florestal mineral e a agropecuária, contando com a Zona Franca Verde aparecem como terceiro e quarto eixos. “Inovação tecnológica, é disso que estamos falando. Os setores mineral e de agropecuária, bem como de agricultura, precisam deslanchar. Temos aqui um potencial fantástico,mas que é preciso investimentos no setor tecnológico para que ele prospere”, assegura.
“Já viram um município, estado ou país se desenvolver sem a educação básica? As grandes economias investiram muito nessa educação. Essa é nossa quinta linha estratégica, mas se pode inverter a ordem dos fatores. Estamos em busca de criar modelos vocacionais nas escolas para que todos tenham oportunidades de crescimento, tanto pessoal quanto coletivo”, finalizou.
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