Cidades

Líder do governo diz que ‘não há espaço’ para negociar ajuste

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que “não há espaço” para o governo negociar as medidas provisórias que estão em tramitação no Congresso Nacional e propõem um ajuste fiscal nas contas do Executivo federal.



 

A MP 665, que sugere mudanças nas regras de acesso ao seguro-desemprego, já foi aprovada em comissão especial e pode ser apreciada pelo plenário da Câmara ainda nesta semana. Já a MP 664, que trata de pensão por morte, deverá ser analisada na comissão especial nesta terça (5).

Segundo Guimarães, não existe “espaço” para alterar o texto em razão de as negociações terem “avançado muito” no Legislativo. O líder do governo participou no fim da tarde desta segunda de reunião no Palácio do Planalto com o vice-presidente Michel Temer, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, e demais líderes da base aliada no Congresso. “O governo avançou muito nas negociações, mas não há, evidentemente, mais espaço para negociação porque a negociação nas comissões especiais avançou muito e, agora, é votar no plenário”, enfatizou.

Mais cedo, Temer disse que, se o Congresso Nacional não aprovar as medidas de ajuste fiscal, o corte no Orçamento deste ano será “muito radical”. O vice-presidente relatou ter sugerido que o PT se “dedique por inteiro” para garantir a aprovação das MPs. Na avaliação de Guimarães, há “grande unidade” da base para votar o ajuste. “O governo fez aquilo que é de sua essência, ouviu o parlamento, acolheu 80% das emendas propostas que aperfeiçoaram os textos e preservou-se os direitos [trabalhistas]. Portanto, os líderes de PT, PMDB, PRB, PP, PR e dos demais partidos da base se pronunciaram no sentido de que vamos trabalhar amanhã [terça]. A meta é termos 100% dos votos dos partidos da base [favoráveis ao ajuste]”, destacou o líder do governo.

Relator vê ‘coesão’ no PT
Após a reunião dos líderes da base aliada com Michel Temer, o relator da MP 664, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), comentou o fato de o vice-presidente te dito que pediu “dedicação” ao PT para garantir a votação das MPs. Na avaliação do parlamentar, há “unidade e coesão” na bancada do partido na Câmara.


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