Professor orienta projetos científicos que são destaques em feiras internacionais
Há mais de 20 anos, Aldeni Melo estimula a iniciação científica entre estudantes da rede pública.
Ensinar a ler e a escrever não basta para o professor da rede estadual Aldeni Melo. Para ele, a educação vai muito além. Aos 40 anos de vida, mais da metade deles dedicados à educação, ele estimula os estudantes da rede pública a desenvolvem projetos científicos inovadores em diversas áreas do conhecimento por meio da pesquisa. Ele orienta projetos criativos que foram destaque na Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap), em Macapá, e também selecionados em feiras internacionais no México, Equador, Peru e Argentina.
Oliveira é biólogo e atua na Escola Estadual Irmã Santina Rioli, bairro do Trem, e na Escola Estadual Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, nas Pedrinhas, ambas na capital. Ele também é o tutor responsável por dez acadêmicos bolsistas do curso de Ciências Naturais, na Universidade Estadual do Amapá (Ueap). Em outubro deste ano, Melo fará a sua primeira participação em uma feira internacional: a Mostratec, na cidade de Novo Hamburgo (RS).
A Mostratec é uma feira de ciência e tecnologia realizada anualmente pela Fundação Liberato. O projeto da escola Irmã Santina Rioli está entre os dez projetos selecionados a participarem do evento com todas as despesas pagas. O estudante Caio Vinícius Lima de Souza, do primeiro ano do Ensino Médio, apresentará um projeto de pesquisa que propõe medidas alternativas de geração de água e luz no Distrito do Sucuriju, no município de Amapá.
“É uma grande honra representar o Amapá e a minha escola. O Professor Aldeni Melo é excelente, não mede esforços para nos ajudar, sempre disposto e preparado; através dele, eu pude iniciar minha alfabetização científica, também pude viajar, e o mais importante: pude enriquecer meu intelecto através de suas orientações”, agradeceu o jovem pesquisador.
Alfabetização científica
Na Escola Irmã Santina Rioli, Melo atua no laboratório científico com projetos de ensino, pesquisa e extensão. Com o sonho de educar por meio da pesquisa, o professor conseguiu montar grupos interessados no conhecimento científico. O aluno leva a proposta até o professor, e o mesmo traça um planejamento baseado no objetivo e expectativa do estudante. Toda essa dedicação já rendeu resultados surpreendentes, como a classificação em diversas feiras pelo Brasil afora. Mas Melo não se vangloria pelas conquistas e dedica todo o sucesso aos seus alunos.
“A classificação nas feiras é apenas um retorno e reconhecimento do trabalho feito pelos estudantes. A minha proposta é alfabetizar cientificamente os alunos na educação básica, estimulando a criatividade e autonomia deles para um grande futuro”, disse.
Dedicação
Atualmente, o professor orienta projetos científicos em sete áreas do conhecimento, entre elas as áreas biológicas, agrárias, de engenharia e humanas. Ao todo, são 41 estudantes envolvidos em projetos de pesquisas científicas. Eles já conseguiram alcançar 35 bolsas concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Júnior, onde participaram de feiras em Macapá, Pará, São Paulo e Recife. “O meu papel enquanto orientador é direcionar os alunos a lapidar suas ideias para que eles alcancem o melhor resultado”, disse orgulhoso o professor.
Ser professor
O professor Melo conta que soube que seria professor ainda criança, na oitava série do Ensino Fundamental. De lá para cá, foram muitas formações, trabalhos e conquistas alcançadas, graças ao amor por sua profissão. “Os meus olhos brilham na educação. O meu sonho é poder trabalhar em uma educação de qualidade onde envolva o tripé: ensino, pesquisa e extensão. Temos muito a aprender com o aluno, ele é o principal autor da aula”, finalizou.
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