Cidades

Casos de mulheres grávidas com Aids aumentam 23% no Amapá

Percentual corresponde a 2014 e representa 35 mulheres no estado



 

Casos de mulheres grávidas com Aids aumentaram em 23% no Amapá, em 2014. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que passou de 27 para 35 os registros entre 2013 e 2014, respectivamente. Foram diagnosticados 7 casos de grávidas soropositivo nos quatro primeiros meses de 2015. O número é considerado elevado pelo governo. Há atualmente no estado 1.496 portadores de HIV registrados e em tratamento.

De acordo com o Sistema de Assistência Especializada (SAE), a capital amapaense é o município com o maior número de gestantes com Aids, com 23 casos em 2014. Entre os 16 municípios do estado, apenas Cutias, Itaubal e Serra do Navio não têm casos de grávidas soropositivo. Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, teve cinco registros no ano anterior.
O tratamento para grávidas soropositivo é diferente, segundo o SAE. As mulheres passam a tomar medicações diferenciadas no lugar dos coquetéis e após o nascimento da criança, é recomendada a não amamentação ao bebê.

“A fórmula para as grávidas são diferentes e menos fortes em relação à comum, o chamado coquetel ‘3 e 1’. Mas o efeito é o mesmo. Esse dado preocupa porque às vezes o diagnóstico acontece de forma tardia no pré-natal”, comentou o coordenador do programa DST/Aids no Amapá, Sandro Mendes.

A preocupação com a demora para a descoberta da doença está relacionada à possibilidade de o bebê ser infectado pelo vírus. Mendes frisa que é rara a transmissão para a criança na placenta da mãe, sendo comum no contato com o sangue durante o parto e amamentação: “Para evitar a amamentação, conseguimos disponibilizar leite materno para que as crianças se alimentem”.

A estatística da Sesa reflete os riscos de contágio da doença. Os índices podem ser ainda maiores, por causa da falta da procura de mulheres aos serviços de atendimentos especializados. Em 2014, dos 35 registros, 11 foram diagnosticados no parto e quatro no pós-parto. Nos casos depois dos nascimentos, todas as mulheres moravam no interior do estado e descobriram a doença após consultas na capital amapaense.


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