Com denúncia rejeitada, governo quer aprovar reforma da Previdência ainda neste ano
Câmara rejeitou nesta quarta enviar ao STF a denúncia contra Temer, Padilha e Moreira.
Depois de barrar no plenário da Câmara o prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo retomará as articulações em torno da reforma da Previdência, informou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que era um dos alvos da acusação da Procuradoria Geral da República (PGR).
Aliado mais próximo do presidente Michel Temer, Padilha afirmou ao G1 que o objetivo do Palácio do Planalto é aprovar ainda neste ano no Congresso Nacional as mudanças nas regras previdenciárias.
A reforma foi enviada pelo governo em dezembro do ano passado. As mudanças já foram aprovadas por uma comissão da Câmara, mas o plenário da Casa ainda precisa analisar as propostas. Em seguida, caberá ao Senado discutir a reforma da Previdência.
“Queremos aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017”, afirmou Eliseu Padilha ao G1, logo após a Câmara rejeitar a denúncia.
Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avaliou, nesta quarta, que Temer precisa refletir e avaliar como “restabelecer” a base e conseguir aprovar os projetos de intesse.
Os próximos passos do governo
Na manhã desta quinta (26), ao participar, em Brasília, de um evento do Tribunal de Contas da União (TCU), Eliseu Padilha ressaltou que a reforma da Previdência é uma pauta que “interessa tanto ao governo quanto ao Congresso”.
“O presidente Rodrigo Maia já ontem [quarta] manifestou interesse de que a gente possa fazer com que ande a reforma da Previdência. A reforma da Previdência é fundamental para o Brasil. Nós não podemos pensar em entrar em 2019 sem a reforma da Previdência”, enfatizou. Indagado sobre a estratégia do Planalto para retomar as discussões da reforma previdenciária depois de ter visto sua base de apoio no Legislativo minguar com as duas denúncias contra Temer, o chefe da Casa Civil demonstrou interesse em valorizar o papel de Rodrigo Maia na tramitação da reforma, destacando que o governo consultará o deputado do DEM para sondar qual é a proposta de calendário dele. Em meio à análise da segunda denúncia, o presidente da Câmara se afastou de Michel Temer, fez duras críticas a movimentos do governo e do PMDB e reclamou do advogado do peemedebista, que havia classificado de “criminoso vazamento” a divulgação dos depoimentos de delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, material disponibilizado pela casa legislativa.
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