ICMBio reclama da permanência de búfalos no Lago Piratuba
TAC que previa retirada do rebanho não foi cumprido
A criação de búfalos na Reserva Biológica do Lago Piratuba, ao leste do Amapá, ainda é um dos motivos para os impactos ambientais na região, segundo o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). Para tentar solucionar o problema, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado em 2010 entre os fazendeiros e criadores de animais da região. O documento previa a retirada de animais da área, mas poucos avanços foram registrados, segundo o instituto.
A analista ambiental do ICMBio Patrícia Pinha diz que a presença de búfalos tem provocado impactos ambientais e modificado o ambiente natural, tornando-o mais seco e propenso a desastres ecológicos, como o incêndio ocorrido em novembro de 2014, que atingiu cerca de 3 mil hectares de área. Em cinco anos nenhuma retirada de animais foi registrada.
“Nos últimos anos incêndios foram registrados na reserva ambiental e a criação bubalina tem contribuído para isso. A região, que antes era alagada, com a presença dos búfalos sofreu assoreamento. A Reserva do Piratuba não permite a presença de uma fauna exótica”, explica.
O TAC assinado em 2010 previa que os fazendeiros e criadores de animais que vivem no entorno da reserva retirassem os búfalos que vivem soltos dentro da unidade. À época, dos 17 criadores, 12 assinaram o documento para retirar os animais.
Na segunda-feira, 11, representantes do ICMBio, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Ministério Público Federal (MPF) se reuniram para discutir sobre a situação atual da reserva. De acordo com Patrícia Pinha, um relatório será encaminhado para que o MPF avalie o caso.
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