Brasil luta para deixar UTI
Nesse pequeno espaço de tempo vários assuntos ganharam destaques, entristecendo mais o habitante brasileiro. Entre os itens amargos está o montante da dívida interna do país, cujo valor torna inimaginável encontrar equilíbrio para crescer na razão direta do interesse da população.
Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista
Na edição do Diário do Amapá de 8 de julho deste ano escrevi na página 2 ‘Pérolas de um país doente’. A visão que tenho do problema neste momento continua a mesma, embora com o coração em pedaços e perplexo por considerar que o primeiro dever do cidadão é amar sua Pátria com prioridade, integrado, principalmente, à família.
Nesse pequeno espaço de tempo vários assuntos ganharam destaques, entristecendo mais o habitante brasileiro. Entre os itens amargos está o montante da dívida interna do país, cujo valor torna inimaginável encontrar equilíbrio para crescer na razão direta do interesse da população.
Dados revelados por Pedro do Couto na Tribuna da Internet informam que a dívida interna do país representa R$ 4,7 trilhões, valor estimado em 73% do PIB nacional, e que o torpedo continua com sua trajetória, massacrando o que vem pela frente, como por exemplo o defícit da Previdência Social de R$ 140 bilhões, em consequência da perda de R$ 1,4 milhão ausente de contribuição desde 2014.
Por mais que se queira curar as enfermidades que acometem o Brasil no momento, elas tendem ao pleno agravamento, podendo chegar, sem remédio, à UTI, caso se ouçam as manifestações contra as reformas do governo que mostram como saída o total equilíbrio das finanças do país.
As oposições às reformas se apoiam em argumentos vários, como é voz comum no Congresso Nacional, de que se elas passarem como propõe o governo uma grande maioria de parlamentares não se reelegeria, pois os eleitores marcarão aqueles que votaram a favor. Conclui que a não aprovação atende aos seus desejos, e o resto é folclore. Que justificativa se enquadra em tamanho desvio?
A formulação de um pensamento benéfico ao Brasil vale conhecer as manobras de grupos que defendem a manutenção do status quo atual, colocando em primazia tudo o que embaraça o desenvolvimento, atuando com todos obstáculos, tipo associações como MST e CUT, cuja presença agrava conflitos das ruas e nas ruas, pois os integrantes jamais pensam em unidade nacional, preferindo o atraso defendido por falsos patriotas apoiados na fragilidade do trabalhador, sempre sufocado com políticas enganosas e resultados sempre beneficiando os que se dizem defensores, sem nunca terem levantado o timão, porque senão os trabalhadores não viveriam de pires nas mãos medingando – pobre e desprezível salário mínimo. Com certeza os senhores congressistas falam o que não sentem, pois estão empenhados apenas naquilo que se propuseram a defender, sem um pingo de idealismo, muitos deles com a ideia fixa de que o eleitor brasileiro ainda está iludido com a plataforma ‘Brasil que o povo quer’.
Só os desiludidos não veem que a campanha de tentar mostrar ao povo a redenção a partir de quem teve oportunidade e falhou e não merece mais confiança. Será dificil enganar outra vez. Só a sabedoria será capaz de fazer com que deixemos a UTI e passemos a gozar de boa saúde com as regalias que a natureza nos deu. Afinal, só podemos mesmo estar na UTI, pois em 2016 nada menos que 61.119 pessoas pereceram violentamente no Brasil inteiro.
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