Clécio Luís descarta reajuste superior a 4% aos servidores da
Afirma que canal de diálogo está aberto com a categoria
Entrevistado no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) na manhã dessa quarta-feira, 13, o prefeito de Macapá, Clécio Luís (Psol), descartou totalmente a possibilidade de atender à reivindicação de 13,1% de reajuste aos servidores da Educação, que estão em greve: “Lamentavelmente eu não posso aumentar essa proposta, porque seria irresponsabilidade da minha parte pelo fato de que quebraria completamente o município. Esse reajuste que estamos oferecendo, por si só, se concedido, já não seria suportado pela atual realidade econômica em que vivemos, com a queda da arrecadação motivada pelo desemprego no setor privado e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios)”.
Segundo Clécio Luís, tudo o que podia ser feito pelos servidores na atual gestão foi feito, mas, agora, o quadro mudou: “Também sou professor e sindicalizado ao Sinsepeap. Estou sensível à reivindicação da categoria, mas não posso ser irresponsável dando um percentual maior de reajuste e comprometer, lá na frente, a folha de pagamento. Foram muitos os benefícios e direitos assegurados aos servidores da Educação ao longo deste governo, como no ano passado, em que pagamos duas progressões, totalizando quatro e concedemos reajuste de salários em 9,5%, inclusive dando tratamento idêntico a todas as categorias, desde pessoal de apoio, que também passou a receber 20% a título de insalubridade, ao grupo magistério”.
O prefeito revelou, também, que a folha de pagamento da área de Educação representa 45% da folha de pagamento da Prefeitura de Macapá. “Infelizmente só podemos dar 4% de reajuste aos servidores neste momento, e isso eu expliquei detalhadamente numa carta que todos eles receberam. Estou sendo muito claro, respeitoso, porém, não podemos dar mais. De qualquer maneira, o canal de diálogo está sempre aberto. Todos os secretários atendem, diariamente, grupos representativos da categoria. Eu mesmo, de vez em quando, reúno-me com eles, e vamos continuar conversando, não todos os dias, porque, como é público e notório, há muito trabalho a fazer em todo o município”, alertou.
Sobre a reclamação de um ouvinte, por telefone, que o prefeito não recebe os grevistas, Clécio Luís foi incisivo: “Recebo, sim, como já falei anteriormente, não posso fazer isso diariamente, mas os secretários são meus interlocutores, e o canal de diálogo está completamente aberto. Se eles quiserem até entrar na prefeitura, as portas estão escancaradas, serão recebidos sempre com muito carinho e respeito. E vamos continuar trabalhando para que, pacificamente, sem atropelos e sobressaltos, a greve chegue ao fim para o restabelecimento total do calendário escolar”.
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