‘Carreata pela Paz’ cobra respostas para execuções em Macapá
Segundo um dos coordenadores do evento, Mateus Maciel, o objetivo é cobrar das autoridades respostas para os crimes.
Parentes e amigos de pessoas que foram executadas nãos últimos meses em Macapá, e cujos suspeitos estavam sempre em dois carros de cores prata e preto, realizam nesta terça-feira (5) a ‘Carreata pela Paz’, com concentração a partir das 8h da manhã na praça da caixa d’água do bairro Buritizal, zona sul da capital.
Segundo um dos coordenadores do evento, Mateus Maciel, o objetivo é cobrar das autoridades respostas para os crimes. “Estamos mobilizando a comunidade para cobrar respostas concretas das autoridades. Foram vários assassinatos que continuam impunes, sem nem sabermos que foram os algozes. Sairemos aqui da praça da caixa d’água até a OAB-AP, mas faremos paradas em vários órgãos localizados sobretudo na Avenida FAB. Só queremos justiça para os casos. Nem todas as pessoas mortas eram bandidas. Muitos eram inocentes e isso precisa ser esclarecido”, disse o jovem coordenador.
Ainda abatida com o assassinato precoce e brutal do filho de 25 anos, Anderson Cleber de Melo Cardoso, que foi assassinado na noite de 5 de novembro deste ano quando estacionou a moto em que ele estava no cruzamento da Rua Minas Gerais com a Avenida 13 de Setembro, no Bairro Nova Esperança.
“Meu filho havia ido deixar a irmã dele no Nova Esperança e no retorno foi executado com 8 tiros. Outro rapaz também foi assassinado pelos mesmos criminosos na ação. Meu filho nunca teve passagem pela polícia e era meu braço direito dentro de casa. Estou sem chão e buscando forças para lutar para que esse caso não fique impune. Por isso peço que as pessoas possam nos acompanhar nessa carreata. Hoje foi o meu filho, mas amanhã poderá ser o filho de qualquer pessoa”, declarou a mulher durante entrevista ao programa Luiz Melo Entrevista (Diário 90,9FM).
No mesmo momento em que Anderson Cleber foi morto outro rapaz que estava próximo a ele, identificado como Anderson Nascimento dos Reis, de 22 anos, também foi assassinado. Naquela mesma noite os mesmos suspeitos alvejaram Oscar Fernando de Souza Baía, de 19 anos, e Tiago Dias de Oliveira, de 20 anos. Eles sobreviveram.
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