1º Encontro dos Santanenses reúne amizade, artes e lembranças
Amizade criou braços solidários em Macapá, e agora, no tempo de aplicativos internéticos, estende-se pelo mundo, através das chamadas redes sociais.
Uma amizade que vem de há mais de 50 anos se tornou patente, nessa semana, no 1º Encontro dos Santanenses, evento que reuniu em torno de trezentas pessoas, na Vila Amazonas, mais precisamente na Amazon Beach. O fulcro do encontro vem desde os tempos da Icomi, a indústria de mineração pioneira que alavancou a economia do Amapá e deixou todo um legado de sentimentos positivos entre todos os que viveram essa época em Santana e em Serra do navio.
A amizade criou braços solidários em Macapá, e agora, no tempo de aplicativos internéticos, estende-se pelo mundo, através das chamadas redes sociais. Aliás que foram os facebooks e whatsapps que permitiram um sucesso mais grandioso no 1º Encontro dos Santanenses, reunindo não só moradores da segunda cidade do estado, mas também de Serra do Navio, Macapá, de vários estados brasileiros e até de fora do país.
O acontecimento, como não poderia deixar de ser, teve muita música, inclusive a presença do astro paraense Marco Monteiro, que deu uma canja ao encontro de amigos. Gamã, ex funcionário da Icomi e artista dos bons, também apresentou-se, levando o público à apoteose ao interpretar canção de sua autoria, verdadeiros hino para os serranos, na qual fala do som dos trilhos, da buzina e até da fumaça do trem, lembrando o movimento das estações, das pessoas e da neblina da região serrana.
Além da música, as artes plásticas e a literatura poética prevaleceram no 1º Encontro dos Santanenses, destacando-se o pintor Wagner Ribeiro, serrano que une a classe artística amapaense, através da sua Galeria de Artes Samaúma, no Complexo Marlindo Serrano, em Macapá.
No mais: muita conversa, lembranças e saudades, bem como registros verbais de personagens que se tornaram imortais no imaginário de Serra do Navio, tendo a Icomi como pano de fundo – entre os muitos lembrados na festa, destacou-se Popopô, que foi garoto que se perdeu nas matas das ilhas do Pará e viveu muito tempo na floresta, dividindo relação com animais; depois para Santana mendigar até ser atropelado por um caminhão.
Mas também ninguém pode esquecer do pedaço de corda que o vigia Giboia usava no capacete, da Banda Milionários R5 e das muitas fases de Edilson Sozinho, excelente desenhista que decorou a Bíblia como um pastor, mas que acabou virzando o Tarzan das Selvas, usando tanga e faca na cintura, tendo também recebido o espírito do Bruce Lee, fisiculturista, ainda no mais competente professor de inglês por conta de uma paixão por uma linda americana.
Também foi difícil não lembrar de dois grandes contadores de histórias, Paulo Eduardo e Montila; dos craques Antônio e Nego Trevisani; da força descomunal de Odon Morales e da horta do japonês Sanadá, atrás da Vila Amazonas.
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