Executivo investigado na Lava Jato diz ter ‘profundo arrependi
O diretor-presidente afastado da Camargo Correa, Dalton Avancini, afirmou em depoimento na CPI da Petrobras, na Câmara, que decidiu fazer acordo delação premiada por estar “profundamente arrependido” de participação em esquema de pagamento de propina em troca de contratos assinados com a Petrobras.
Avancini fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público para contar o que sabe em troca da redução de uma eventual pena. Na delação, ele confirmou que existiu o chamado “clube” de empreiteiras que combinavam preços para ganhar contratos com a estatal.
Segundo ele, o principal objetivo do cartel era manter os preços dos contratos “em um patamar bom para as empreiteiras, não existindo uma pretensão de majorar artificialmente o valor a ser pago pela estatal”.
“[O acordo de delação premiada] Foi no sentido de colaborar com investigações. Profundo arrependimento pelo que se fez até aqui. Minha participação sempre foi de forma lateral e em função de processos que aconteciam”, disse Avancini, após ser questionado sobre o que o levou a decidir fazer delação. Ele disse que entrou na empresa em 1992, como trainee.
Avancini, que em 2009 assumiu a diretoria de óleo e gás da Camargo Correa, disse ter sido informado por seu antecessor no cargo, Leonel Viana, de que “existia compromisso de pagamentos da diretoria de abastecimento e serviços”.
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