A Câmara dos Deputados manteve o modelo atual, em que a eleição de vereadores, deputados estaduais e deputados federais é proporcional ao total de votos recebidos por cada coligação de partidos, o que potencializa o potencial de cada voto, pois tanto os votos excedentes dos candidatos mais bem votados como os votos insuficientes dos menos votados são redistribuídos entre os candidatos de votação intermediária de cada coligação.
O distritão, que é defendido por Jaci Siqueira, e era, também, bandeira do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, determina que os mais bem votados sejam eleitos, independentemente da votação geral dos partidos. Já o voto distrital misto, defendido pelo PSDB, prevê que parte das vagas seja preenchida pelo sistema proporcional e o restante pelo sistema majoritário, enquanto que o sistema de listas fechadas, proposto pelo PMDB e historicamente defendido pelo PT, também rejeitado, determina que o eleitor vote na legenda e o partido distribua os votos entre seus candidatos, numa ordem pré-estabelecida.
Financiamento de campanhas
Outro dispositivo aprovado pelos deputados foi a manutenção do atual modelo de financiamento das campanhas eleitorais. O PT queria a proibição total, por entender que as empresas acabam tendo peso grande nos resultados das eleições, e depois das eleições cobram dos eleitos, em todos os níveis esse financiamento, o que viabilizaria a corrupção. Mas a Câmara aprovou a manutenção do sistema atual, embora restringindo essa doação a partidos, e não diretamente aos candidatos.
O financiamento de campanha, entretanto, ainda poderá ser questionado na justiça, porque atualmente o Supremo Tribunal Federal está julgando ação em que se questiona a constitucionalidade de doações de empresas. A maioria dos ministros já se pronunciou pela proibição das doações, mas o julgamento está há mais de um ano parado por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.
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