Sindicatos protestam contra o ajuste fiscal e terceirização em
Atos ocorrem no DF e em 26 estados; manifestante foi agredida em SP
Servidores públicos e centrais sindicais realizaram, na sexta-feira (29), o Dia Nacional de Manifestações contra o ajuste fiscal e a lei que regulamenta a terceirização, assuntos em discussão no Congresso Nacional. Em algumas capitais, escolas ficaram sem aulas e houve paralisação de ônibus e metrô.
O ajuste é uma série de medidas para reequilibrar as contas públicas. Na prática, significa cortar despesas do governo e elevar a arrecadação – pelo aumento de impostos e outras receitas. Entre as ações, estão projetos que dificultam o acesso a benefícios sociais como o seguro-desemprego e abono salarial, que já foram aprovados na Câmara.
O projeto de lei sobre a terceirização é criticado porque permite que as empresas contratem terceirizados para atividades-fim. Numa universidade, por exemplo, além de funcionários da limpeza e segurança, os professores também poderiam ser terceirizados. O texto foi aprovado na Câmara e é debatido no Senado.
Em São Paulo, manifestantes foram agredidos por policiais militares em protesto próximo à Universidade de São Paulo (USP). Uma mulher foi atingida com spray de pimenta no rosto, levou uma rasteira e um soco (veja o vídeo). Cinco pessoas ficaram feridas. A PM ainda não se pronunciou.
Na manhã de sábado, 30, moradores da Região Metropolitana do Recife não tinham opção de transporte público: ônibus e metrô estavam parados. Muita gente lotou os pontos no início do dia e, à tarde, os grandes terminais estavam vazios.
O movimento no Acre foi pacífico, com sindicalistas espalhados no Centro de Rio Branco, distribuindo panfletos durante a manhã. Faixas e dois carros de som também foram usados.
Segundo a presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT) no Acre, Rosana Nascimento, a manifestação é contra a terceirização, as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 (que aumentam o rigor para acesso a benefícios trabalhistas), o ajuste fiscal e em defesa dos direitos e da democracia.
Em Alagoas, O movimento ocupou uma das faixas da avenida e, quando os carros paravam nos semáforos, os manifestantes distribuíam panfletos aos motoristas.
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