Heraldo Almeida

“O marginal que se foi de mim”


 

Como um ser que andou comigo por tempos vividos em pequenos infernos. Levamos tiros, facadas, socos, entre drogas e amores, entre versos e dores existenciais.

Seu nome era o meu, sua voz era a minha, ele me falou que não éramos os piores bandidos do mundo.

Eu tipo por poesia procurava o submundo pra um dia subjugá-lo a um mundo bom; a música que eu fazia doía de alguma forma e ia bater nos corações feridos, entrava na mente de quem buscava algo real num mundo de fantasias exóticas.

Lavamos nossos rostos ensanguentados nas poças de água da chuva após as brigas, falamos com Yaohushua o tempo todo, e choramos por ele; não sabíamos como sofrer um pouco daquela dor, daquele medo que temperado com tanto amor sabia da morte certa e necessária para redimir um mundo de gente cruel. Quando entrávamos nas tavernas íamos aos fariseus, pois é nessa mesa que a palavra era melhor discutida.

Ficamos andando juntos por muito tempo, quase nos matamos.

Então numa noite quente de verão caiu uma estranha chuva, e ele se despediu de mim. Foi aí que percebi que era um anjo, muito ferido e com as roupas rasgadas e sujas; ele trocou seu tempo de estadia comigo com outro anjo que me chegou dizendo: “Agora vamos tomar banho num rio de água corrente, e vamos trabalhar”.

Passei a fazer poesia e vender pra Deus. Por cada poesia escrita com sangue ele me dava uma nota de vinte e um remédio que aliviava minhas dores.

Hoje fico escrevendo sobre esse tempo de ruas escuras; fico cantando coisas que aprendi nesse lado da vida que passei e sobrevivi, graças ao anjo.

Digo a meu filho, não ande sem Deus, nem sem os anjos, e aprenda que Yaohushua está para o mundo como a luz pra clarear o mais sombrio dos corações. (Osmar Júnior – compositor, poeta, cantor, produtor, escritor).

 

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Campeã

Quadrilha junina Simpatia da Juventude sagrou-se campeã do Arraiá do Primo Sebastian, organizado pela Fejufap.

A quadrilha está credenciada a participar o festival nacional realizado pela Conaqj, de 26 a 28 de julho, em Sergipe. Parabéns.

 

Caprichoso

Boi bumbá Caprichoso é campeão do Festival de Parintins (AM) 2024. A família azul comemora mais um campeonato contra o Garantido. Parabéns.

 

Showzaço

Na sexta (5) tem show da paraense Lucinha Bastos, no Restaurante 313 (Av. Mendonça Júnior, entre Tiradentes e General Rondon) – Centro, a partir das 21h30. Contato: 96 99108-0070.

 

Bossa

Maestro e músico amapaense, Venilton Leal e paraense, Alexandre Souza, vão comemorar os 65 anos da Bossa Nova e os 80 de Chico Buarque, em quatro shows em Macapá, Rio Bossa Nova.

Agenda: dia 4 (Vinhos&CO), 5 (Restaurante Divino Amazonas), 6 (313 Restaurante) e 7 (Amazonas Beach/Santana).  Contato: 96 98433-6147.

 

Bom de ouvir

Programa “O Canto da Amazônia” (Diário FM 90,9), de segunda à sexta, às 16h.

É o porta voz da cultura artística amapaense, no rádio. Bom de ouvir.

 

Novidade

A música regional produzida na Amazônia é a novidade no país, que já provou de tudo, mas a temática e rítmica do Norte são o diferencial.

 

Cultura

Cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação ou imitação às gerações seguintes.

 

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