
Heraldo Almeida
Religiões afro-brasileiras e o sincretismo

Mediante o processo de colonização no Brasil, a Igreja Católica se colocava em um delicado dilema ao representar a religião oficial do espaço colonial. Em algumas situações, os clérigos tentavam reprimir as manifestações religiosas dos escravos e lhes impor o paradigma cristão. Em outras situações, preferiam fazer vista grossa aos cantos, batuques, danças e rezas ocorridas nas senzalas. Diversas vezes, os negros organizavam propositalmente suas manifestações em dias-santos ou durante outras festividades católicas.
Ao manterem suas tradições religiosas, muitas nações africanas alimentavam as antigas rivalidades contra outros grupos de negros atingidos pela escravidão. Aparentemente, a participação dos negros nas manifestações de origem católica poderia representar a conversão religiosa dessas populações e a perda de sua identidade. Contudo, muitos escravos, mesmo se reconhecendo como cristãos, não abandonaram a fé nos orixás, voduns e inquices oriundos de sua terra natal. Ao longo do tempo, a coexistência das crendices abriu campo para que novas experiências religiosas – dotadas de elementos africanos, cristãos e indígenas – fossem estruturadas no Brasil.
É a partir dessa situação que podemos compreender porque vários santos católicos equivalem a determinadas divindades de origem africana. Além disso, podemos compreender como vários dos deuses africanos percorrem religiões distintas. Na atualidade, não é muito difícil conhecer alguém que professe uma determinada religião, mas que se simpatize ou também frequente outras.
Dessa forma, observamos que o desenvolvimento da cultura religiosa brasileira foi evidentemente marcado por uma série de negociações, trocas e incorporações. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que podemos ver a presença de equivalências e proximidades entre os cultos africanos e as outras religiões estabelecidas no Brasil, também temos uma série de particularidades que definem várias diferenças. Por fim, o sincretismo religioso acabou articulando uma experiência cultural própria. (Texto: Rainer Sousa).
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Uma cidade na linha do equador
Onde Deus e a natureza derramaram o seu amor
A intimidade entre rio e a fortaleza
Emoldura sua beleza Macapá morena flor
Serginho Sales
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Em estúdio
Cantor, compositor e produtor, Cléverson Baía está em estúdio produzindo seu novo disco e promete, ainda este ano, lançar para o público que curte sua arte.
Eleito
Empresário e comunicador, Jorge Perlingeiro foi aclamado presidente da Liesa (RJ) para o triênio 2021/2024.
A primeira reunião da nova diretoria vai acontecer essa semana, para traçar os planos visando o carnaval de 2022. Os desfiles estão marcados para acontecer nos dias 27 e 28 de fevereiro do ano que vem.
Audiovisual
Ancine aprovou em fevereiro a criação de um Grupo de Trabalho para avançar na implementação do Programa de Integridade da Agência, priorizando os processos relativos ao financiamento à atividade audiovisual.
O Programa tem o objetivo de conferir mais segurança na realização das atividades dos agentes regulados, além disso prover transparência à sociedade em relação à utilização e monitoramento de recursos públicos.
Teatro
De 22 a 27 de março está acontecendo a 3ª Semana amapaense de Teatro, com ações formativas, espetáculos, performances, contação de histórias, shows musicais, etc.
Com transmissão ao vivo pelo Instagram (Coletivo de Artistas CAPTTA) e Facebook (Capttaap).
Documentário
Itaú Cultural realiza a Conferência Internacional do Documentário, vinculada à 26ª edição do Festival É Tudo Verdade. Dias 7 e 8 de abril pela página www.itaucultural.org.br e na página no Youtube www.youtube.com/itaucultural.
Destaque
Já com 25 anos de carreira, o cantor Albe Matos, nascido em Almerim (PA) tem uma voz privilegiada que interpreta o fino da boa música popular brasileira. O artista reside em Santana, no Amapá, há mais de duas décadas.
‘Choro Antigo’
Título da obra musical de Eudes Fraga em parceria com Gonzaga Blantez, gravada por Eudes. Mais uma bela canção para acalantar nossos ouvidos Parabéns.