Heraldo Almeida
Santana: a terra de Santa Ana
Santana é um município no sudeste do Amapá. É o o segundo município mais populoso do estado, Santana tem uma conurbação com o município de Macapá, a capital, formando a região metropolitana de Macapá.
A história do município de Santana em muitos aspectos aproxima-se do que ocorrera com a cidade de Macapá, no momento em que o governador do estado do Grão-Pará e Maranhão (Capitão-General Francisco Xavier de Mendonça Furtado), fundou a Vila de São José de Macapá, em 4 de fevereiro de 1758. Prosseguiu viagem para a Capitania de São José do Rio Negro e deparou-se com a Ilha de Santana, situada às margem esquerda do rio Amazona s, elevando-a à categoria de povoado.
Os primeiros habitantes eram moradores de origem europeia, principalmente portugueses, mestiços vindos do Pará e índios da nação tucujus. Estes últimos vindos de aldeamentos originários do Rio Negro, chefiados por Francisco Portillo de Melo, contrabandista de pedras preciosas e escravos, que fugia das autoridades fiscais paraenses, em decorrência de estarem atuando no comércio clandestino.
Em 31 de agosto de 1981, Santana é elevada a categoria de Distrito de Macapá, através da Lei nº 153/81-PMM, sendo instalado oficialmente em 1 de janeiro de 1982, sendo o pioneiro Francisco Correa Nobre, o primeiro agente distrital.
Santana foi elevada à categoria de município através do Decreto-lei nº 7639 de 17 de dezembro de 1987. Através do Decreto (P) nº 0894 de 1 de julho de 1988, o governador Jorge Nova da Costa nomeia o professor Heitor de Azevedo Picanço, para exercer o cargo de Prefeito Interino, que estruturou a administração pública municipal, criando condições para o futuro prefeito que seria eleito diretamente pelo povo em 15 de novembro de 1988, Rosemiro R ocha Freires.
Há no município vários rios e igarapés. Os mais importantes são o rio Amazonas, rio Matapi, rio Maruanum, rio Tributário, rio Piassacá, rio Vila Nova, Igarapé do Lago e Igarapé Fortaleza.
O evento cultural de maior expressividade é a festa de ‘Santa Ana’, padroeira do lugar, que ocorre no mês de julho, precisamente no dia 27. É também festejado o Divino Espírito Santo em janeiro (02/01) e realizados em junho (dia 29) os festejos em louvor à Mãe de Deus.
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Quando a mulher adentra na floresta
Para encontrar seus seres ancestrais
Os olhos de jaguar se cruzam em plena festa
Com os olhos encantados dos pássaros astrais
Zé Miguel/Fernando Canto
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Reconhecimento
Cantor amapaense, Amadeu Cavalcante é considerado um dos maiores intérpretes da Amazônia. Sua voz e interpretação são respeitadas no quesito música.
‘Aqui Tem’
Cantor e compositor, Sabatião gravou o disco ‘Aqui Tem’ e ainda não lançou esse projeto. É um belo trabalho de valorização do cancioneiro regional amazônico.
Literatura
Iphan lança, nesta quinta (19), o livro ‘Ceilândia, Minha Quebrada é Maior Que o Mundo’.
O projeto foi executado em uma parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e a Secretaria de Educação do Distrito Federal. A publicação, já disponível em formato digital no site da instituição (http://portal.iphan.gov.br).
Diversidade linguística
Decreto nº 7.387/2010, que instituiu o Inventário Nacional da Diversidade Linguística, este ano completa dez anos de vigência.
Para celebrar o marco e relembrar os projetos executados ao longo dessa década, o Iphan vai realizar um ciclo de conversas online, de 24 e 26 de novembro com transmissão vivo pelo canal do Instituto, no YouTube.
Hino cultural
A música ‘Jeito Tucuju’, de autoria de Joãozinho Gomes e Val Milhomem, é o hino cultural do Amapá.
Por iniciativa do maestro amapaense, Joaquim França, artistas de Brasília (DF) e do Amapá homenageiam o jeito de ser de nosso povo tucuju.
Confira no canal do maestro, no YouTube.
‘Fábrica de Festa’
Poetinha Osmar Júnior soma mais um projeto na sua carreira música, o ‘Fábrica de Festa’.
“A ideia é destacar o ritmo brega, sua força e importância como uma das maiores culturas musicais do Brasil, com criação da região norte, mais precisamente do Pará”, esclarece o artista.
Poesia
Poeta Pedro Stkls já finalizando o seu primeiro livro de poesias regionais, ‘A Cidade Submersa’. “Nessa obra eu conto minhas memórias de menino gente e menino rio”, disse o autor.