A crise do esporte olímpico
A segunda fase que vivemos se perdeu pela falta de dirigentes com espírito elevado, diferente dos atuais , que se enlamearam na corrupção jogando fora o socorro de orgãos federais
Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista
A séria crise do esporte olímpico do Brasil quanto ao seu futuro desenvolvimento requer, a principio, necessidade analise dos três períodos de sua história , destacando, em primeiro lugar, quando eram quase nulas as verbas para atender a programação do calendário mundial com a angustiante fase de viver à míngua dos recursos governamentais para permitir as viagens sem os meios adequados para suportar custos financeiros da preparação dos atletas em Mundiais, Jogos Olímpicos, Pan-Americanos, etc… Aos clubes ligados ao futebol cabia assumir os encargos de preparação das equipes, usando a receita do futebol, na época com mais atração.
A segunda fase que vivemos se perdeu pela falta de dirigentes com espírito elevado, diferente dos atuais , que se enlamearam na corrupção jogando fora o socorro de orgãos federais, que ajudava o esporte e servindo ao Brasil com o dever de projetá-lo entre Nações esportivas do mundo.
Financiava esporte olímpico o Banco do Brasil, Caixa Econômica, os Correios, além de várias leis de projeção às atividades esportivas jorrando dinheiro suficiente para a criação de programa massificador. Houve progresso, por exemplo, na natação, voleibol, pentatlo moderno, canoagem, boxe, iatismo, atletismo que agora terão que buscar novas fontes para sobreviver.
Com muitos anos de vivência no esporte acompanhei as varias fases olímpicas e posso assegurar que foi prematura a promoção dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro pela chance que teriam os falsos dirigentes de se aproveitarem do momento e tirarem vantagem sempre com a ideias de deixar adormecer nos arquivos as dívidas c e até hoje não pagas, levando as empresas públicas a partir disso a disciplinar à adoção de verba.
A terceira fase que começamos a viver porque os recursos para efetivar programas de treinamento com lastros científicos para futuras equipes vão se tornar mais difíceis. Passou o tempo do Barão de Coubertin que definia como o mais importante ser a competição. Hoje, só a vitória é o objetivo maior, e para obtê-la é preciso agir como profissional, com trabalho integral.
Não é novidade para os esportistas que o campeão moderno é a soma diária nas arenas entre duas ou mais vezes. No passado os atletas olímpicos eram amadores, custeando suas atividades com próprios recursos Explica-se, então, a diferença entre os resultados de ontem com os assinalados hoje, como nos 100m rasos, com recorde de 9s58, e, na maratona, (42mil 195 metros) quase abaixo de 2 horas, proveniente de total dedicação profissional.
Antes eram os clubes de futebol que disponibilizavam verbas dos grandes jogos. Hoje a fonte secou. Sem a participação do governo com leis especificas e injetando recursos o esporte olímpico não anda e o pequeno salto que o país alcançou pode a voltar à estaca zero, salvo se houver comportamento moral dos dirigentes e que façam do esporte fator de progresso para o país.
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