A tolerância se esgotou
Vieram as eleições gerais de 2014 e o povo decidiu dar mais uma chance, para que surgissem mudanças capazes de fazer com que o país saísse da deriva e retomasse a condição de Nação merecedora de respeito, pautada nos padrões que enriquecem a história republicana.
Ruy Guarany
Articulista
Em junho de 2013, o país foi sacudido pela megamanifestação popular que ocupou praticamente todas as cidades brasileiras. Foi apenas um aviso, alertando os detentores do poder que a tolerância estava chegando aos limites e não aceitava mais a forma como o nosso Brasil estava sendo conduzido. Ao invés de atender o clamor popular, os senhores dos poderes Executivo e Legislativo continuaram com as práticas a favor de um projeto que visava apenas o domínio ideológico de um modelo incompatível com o sentimento democrático e coma as aspirações da sociedade.
Vieram as eleições gerais de 2014 e o povo decidiu dar mais uma chance, para que surgissem mudanças capazes de fazer com que o país saísse da deriva e retomasse a condição de Nação merecedora de respeito, pautada nos padrões que enriquecem a história republicana. Em resposta à trégua agendada pela população aumentaram os desacertos administrativos, a corrupção, o tráfico de influência, o alinhamento com países defensores de doutrinas totalitárias protagonizados por militantes da esquerda sob a liderança do Partido dos Trabalhadores.
Amante da paz, do direito de ir e vir e de se manifestar livremente, o povo brasileiro aguardou, pacientemente, o momento adequado para agir. Sem a necessidade de encontrar soluções com o emprego de aparatos bélicos, usou apenas a arma poderosa do voto livre e democrático. O que aconteceu, no dia 2 último, pode ser traduzido como um basta decisivo e implacável do povo brasileiro. A varredura cívica que atingiu o Brasil, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, além de reduzir o PT à expressão mais simples, inclusive em redutos que ao longo dos anos eram dominados pelo partido, ‘implodiu’ a estrutura esquerdista, deixando atônitos militantes históricos, não só pela fragorosa derrota do momento, mas pelo que poderá acontecer nas eleições gerais de 2018. Com as instituições funcionando em toda a sua plenitude e contando com o apoio maciço da população, reaviva-se a expectativa de mudanças alvissareiras, tanto no cenário político, quanto no econômico e social.
O resultado das eleições municipais, que impôs fragorosa derrota às esquerdas, além de servir como veredicto ao impeachment da ex presidente Dilma Rousseff, sepultou a falsa ideia do golpe por força da vontade soberana e democrática do povo brasileiro.
Deixe seu comentário
Publicidade