As doenças do Brasil
O Brasil está doente, agonizando no comportamento deteriorado do jovem que não vê um bom exemplo nem na família que enfraqueceu, nem no político, nem na justiça que relaxa o marginal que a gloriosa polícia prende
Veneide Cherfen
Articulista
A Pátria amada idolatrada está doente, quase agonizando. É só fazer-se uma análise dos acontecimentos que estão dando causa às diversas operações da Polícia Federal e denúncias do Ministério Público nas esferas Federal e Estaduais para admitirmos o caos social e moral que abate o país. Isso, em decorrência do comportamento dos indignos senhores e senhoras que desmerecem a confiança dos votos dos brasileiros e, até mesmo, em decorrência de atos de brasileiros que desviam os recursos públicos e qualquer outro bem adquirido para servir ao cidadão, seja de órgãos administrativos, hospitais ou qualquer outro afim, conforme vemos na mídia com frequência.
O Brasil está doente, agonizando no comportamento deteriorado do jovem que não vê um bom exemplo nem na família que enfraqueceu, nem no político, nem na justiça que relaxa o marginal que a gloriosa polícia prende; o Brasil está agonizando com o avanço da droga que estupra, assalta, mata, domina para garantir sua existência e expansão porque o Estado enfraqueceu e tornou-se incapaz de garantir emprego para os pais e Educação para os filhos. Porque homens que deveriam garantir a felicidade do país são os primeiros a se aliarem aos imundos solapadores da tranquilidade da família. Felicidade deve ser compreendida como o bem-estar e o equilíbrio da vida de um povo em todos os aspectos.
A Pátria amada idolatrada está doente. Doente porque carente de políticos cujo comportamento é incapaz de transmitir confiança ao eleitor. Com raríssimas exceções, a maioria envolvida com propina e malversação do dinheiro público! Não temos boas opções porque são sempre os mesmos que se candidatam garantidos por seus currais eleitorais e sustentados por nossos impostos, que, aliás, são cada vez mais numerosos. E são sempre os mesmos personagens que continuam a se envolver em atos ilícitos e vergonhosos. Que, descaradamente, continuam a legislar e executar em causa própria e a inventar meios para entrar mais dinheiro em seus bolsos. Pessoas honestas que pretendem se candidatar a um cargo eletivo logo sentem a fragilidade do terreno em que pisam e retiram-se desistindo da pretensa candidatura. Por que? Porque as propostas de apoio ou porque eleitores interessados em trocar o voto desviam-se do ideal de honestidade. A pergunta de praxe: o que você vai me dar se eu votar em você? Ou, simplesmente: “Vamos conversar”. Desde quando para você confiar seu voto honesto a alguém você precisa ter uma conversa de orelha com o candidato? Eleitor desonesto elege político desonesto e o resultado é o que temos atualmente: Operações policiais, caos social, cidadão honesto se prendendo dentro de casa com medo de sair às ruas. Estamos perdendo o direito de ir e vir!
E as pessoas honestas vão cansando. Pessoas cujas ideias poderiam contribuir para melhorar nossas vidas nem são ouvidas. Existe uma classe de políticos que teme até a sombra das boas ideias porque só suas auréolas devem brilhar. Affff! Poupem-nos! Chega de palhaçada. Nossos filhos e netos merecem políticos novos com ideias boas para todos e que impulsionem o desenvolvimento deste país e estanquem a violência que se espalha cada vez mais. Invistam na Educação, senhores! Ou não é este o seu interesse?
Quanto à hereditariedade das capitanias: Que tal uma lei que limite a apenas duas legislaturas consecutivas para senadores, deputados e vereadores? Que tal uma lei proibitiva à candidatura de membro da família de políticos, para descaracterizar a hereditariedade eleitoral? Ser político virou emprego e não devemos nos conformar com isso. O Brasil precisa de pessoas que produzam e impulsionem a economia. Ganhar dinheiro com cargo político é uma indecência maléfica para qualquer país.
Sou terrivelmente inconformada com o comportamento de pessoas que decidem quem deve e quem não deve ser feliz aqui, e com pessoas que se valem de um status passageiro para destruir o patrimônio que nos foi legado por nossos pais, os fundadores desta terra.
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