Brasil de olho na seleção
Ulisses Laurindo Articulista Sabe-se da posição irreconciliável dos adeptos do futebol, da política e da religião quanto aos pontos de vista defendidos na defesa da convicção que têm sobre cada tema. Dos três, a religião e a política surgiram juntas com o homem, vindo, mais tarde, o futebol, atingindo, sem exagero, mais da metade da […]
Ulisses Laurindo
Articulista
Sabe-se da posição irreconciliável dos adeptos do futebol, da política e da religião quanto aos pontos de vista defendidos na defesa da convicção que têm sobre cada tema. Dos três, a religião e a política surgiram juntas com o homem, vindo, mais tarde, o futebol, atingindo, sem exagero, mais da metade da população mundial calculada quando ocorre eventos maiores, como por exemplo a Copa do Mundo,cuja decisão é vista por mais de três milhões de pessoas. Tanto no futebol quanto na politica e religião, ninguém cede um milímetro sequer para concordar com a mudança de opinião. A prática jamais vai admitir que o torcedor do Flamengo concorde em deixar de torcerpelo seu time para torcer pelo Vasco, sendo a recíproca verdadeira quanto ao adepto vascaíno.
O Brasil inteiro começa a partir desta sexta-feira a viver as emoções da Copa América competição que, para a felicidade da Nação dos mais de 200 milhõesestão do mesmo lado, querendo a vitória.
A vitória porém resulta do conjunto de acertos, que prevalecem no momento da disputa. A seleção dirigida pelo treinador Tite entra na batalha com metade de votos favoráveis no desejo de conquistar mais um laurel para a história brasileira. Acreditamos que a outra metade confia desconfiando em razão da formação ideal para chegar á vitória. É ponto absolutamente concreto que se Tite não ganhar a Copa América, com certeza sua posição de comando será ameaçada.
É o caso de só culpar o treinador, colocando para debaixo do tapete os demais obstáculos, hoje, sem medo de errar, inserido no futebol mundial, graças a sua valorização, que elevou o valor dos jogadores mais dotados, como o exemplo há pouco conhecido da oferta de R$ 1 bilhão e 500 milhões pela transferência de um jogador.
A formação de uma seleção exige cuidados que o futebol de hoje dificulta. Um lembrete para justificar o problema das seleções modernas basta citar o tempo de treinamento para a Copa de 1970, quando João Saldanha teve mais de dois meses de práticabeneficiando Zagalo, tricampeão . Então se conclui que os problemas de Tite transcendem àsua competência e, sim, a maneira do desperdício que enfrenta para colocar em campo os 11 melhores. Quem vive o dia a dia do futebol entende ser quase milagre dirigir treinamentos em esportes coletivos em apenas uma semana, com o agravante de serem as peças do tabuleiro dispersas, vivendo em culturas diferentes e estabilizados financeiramente.
Vamos todos torcer pela seleção brasileira na certeza de que fará melhor embora esteja carente na formação, condição essencial para o sucesso. Se tivermos que analisar os 11 adversários da seleção carregamnos ombros as mesmas deficiências do futebol de hoje.A qualidade técnica do futebol brasileiro supera as dificuldades e mesmo sem se utilizar os meios que seriam ideais, ainda é motivo de alegria para vibrar pela vitória.
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