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Em busca do tempo perdido

Pode-se, porém, por justiça, incluir entre os gênios antes citados o nome de Marcel Proust, francês, que em novembro faria 91 anos, que deixou esta terra, deixando nos leitores, imensa saudade.


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

No fantástico reino da literatura mundial, por certo não cabe à indicação de que um autor seja soberano e apontado como primeiríssimo entre todos, porque, cada leitor tem seu autor preferido, buscado nos temas e na universidade das ideias, assim como também, a força da prosa e na linguagem poética em se vê tocado pelo sentimento que emana de livros abertos, patrimônios supra sumos e inestimável de quem o acolhe.

Não haverá consenso de que Leon Tólstoi, Dante Alighieri, Miguel Cervantes, Fiódor Dostoievski, Thomas Mann, Aldous Huxley, Machado de Assis, Heine Marie Beyle (Sthendal), Frank Kafka, Antoine Saint Exupéry, Thomas Hardy, são os maiores entre todos, pois a análise preferencial cabe ao consciente de cada leitor.

Pode-se, porém, por justiça, incluir entre os gênios antes citados o nome de Marcel Proust, francês, que em novembro faria 91 anos, que deixou esta terra, deixando nos leitores, imensa saudade.

Nascido na França, no dia 10 de julho de 1871, na cidade de Anteuil, nos arredores de Paris, Proust viveu 51 nos, durante os quais publicou a sua obra máxima em sete volumes, chamada “Em Busca do Tempo Perdido”, romance/ensaio que, segundo críticos, é digna de figurar entre os monumentos históricos em igualdade, aos maiores vultos da literatura mundial.

Filho de família abastada e com saúde debilitada, devido a presença de uma atroz asma, mesmo assim, viveu como bom vivant, circulando em toda Paris, colhendo observações amplamente registradas em ações rotineiras marca da sua extensa e extraordinária obra.

Publicado entre os anos de 1913 e 1927, Em Busca do Tempo Perdido” se compõe de sete títulos, sendo o primeiro No Caminho de Swann, seguindo-se À Sombra das Raparigas em Flor, Sodoma e Gomorra, A Prisioneira, A Fugitiva e Tempo Redescoberto.

Nas sete edições, Proust narra a vida cotidiana de Paris e suas obviedades de forma insuperáveis.

O livro por inteiro é narrado na primeira pessoa e apresenta a história de uma consciência não com a cientificidade dos naturalistas do Século 19, mas através da introspecção e da observação do mundo real em que vivia.

Em estilo admirável recupera reminiscências e recompõe não apenas fatos, mas, sobretudo, faz reviver sensações e sentimentos.

Essa é uma homenagem prestada por todo mundo da literatura mundial pela passagem de mais um aniversário de morte de um dos pilares das letras do mundo, que pode ser incluídos, não como o melhor, mas que está entre as obras máximas que encantam o mundo dos livros.

A emoção de seus escritos se compõe do óbvio da vida e, por isso, sua força é eterna, intemporal.

Lendo seus grossos volumes, os leitores vivem, embora com a separação de um século as mesmas alegrias como se fosse hoje, sem diferenciação dos tempos modernos, é obra para a alegria da vida.


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