Flecha perdedora atinge Temer
Nas disputas esportivas a regra normal indica sempre um vencedor. Aos vitoriosos as glórias e, ao perdedor, como se diz, restam as bananas.
Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista
O emaranhado de circunstâncias pode colocar a cabeça de Michel Temer na guilhotina e com poucas chances de sobreviver ao triste e melancólico episódio a ele atribuído de prevaricar em assuntos aos quais um magistrado não pode assumir sob pena de atrair para si toda a ira do país, cujas regras são intocáveis e soberanas. Nos últimos tempos, infelizmente, o Brasil foi dirigido por corruptos que nem um pouco se preocuparam com a estabilidade do país, nutrindo apenas pensamento de engrandecimento pessoal em detrimento da grande massa pobre, miserável e enfraquecida pelas doenças. O caos moral, político e financeiro instalado no país nos últimos anos não deixou dúvida de que o principal fator do desequilíbrio foi mesmo a incompetência, a deslealdade, o baixo conceito da quase totalidade dos homens públicos.
Nas disputas esportivas a regra normal indica sempre um vencedor. Aos vitoriosos as glórias e, ao perdedor, como se diz, restam as bananas. E não é só isso, ainda resta a terrível mágoa da derrota. Desde o tempo do impecheament que o Brasil ficou dividido entre ganhadores e perdedores, com flagrante divisão, um buscando conciliar e, o outro, exibindo sempre a mágoa da derrota. Em de 11 de fevereiro deste ano, escrevi aqui na página 2 do Diário do Amapá um artigo sob o título ‘Oposição surda desune o Brasil’. Na ocasião, escrevi: “A pequena legião de parlamentares na época da cassação manifestava que o melhor caminho a seguir era a realização de eleições diretas, sustentando que os problemas políticos e fiscais do país tinham o mesmo tronco e que a ascensão de Michel Temer era a pior saída, e que a mudança não geraria novas lideranças e novos métodos para sepultar de vez o caos que os brasileiros estavam vivendo sem esperança de um futuro melhor”.
Mesmo com a desconfiança de todos, Temer, em apenas um ano, conseguiu colocar o país no ritmo ideal de crescimento, despertando, assim, a ira dos perdedores de que já falei. A sina dos perdedores é não terem nenhum respeito à ética, e procuram, ao mesmo tempo, desmerecer qualquer medida de desenvolvimento, pois o que está em jogo é apenas seu interesse pessoal, nunca em prol da coletividade, como demonstram os medíocres parlamentares, cuja convicção tem apenas o intuito de aparecer com os olhos e pensamento voltados para as futuras eleições. Quem visa o bem-estar geral da população jamais age em sentido contrário ao povo, que deveria colocar seus nomes no caderninho, para extirpá-los.
Essa delação dos corruptos donos da JBS é o que se pode associar de decisão de perdedor. No momento em que o país retoma o caminho da estabilidade, extinguindo a recessão, colocando a inflação em linha compatível com a necessidade da população, aumento do emprego com carteiras assinadas, surge então a flecha dirigida contra o vencedor.
O país que levou tempo para seguir seu rumo correto, volta a passar por aqueles momentos em que cada parlamentar vê longe o futuro e desembarca correndo da nau que navegava. Desde o início, Temer era o mal querido e, como na concepção do poeta, tanto fizeram que o que era bom acabou azedando e, agora, todos nós experimentamos o paladar amargo, porém no gosto dos perdedores.
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