Artigos

Golpe contra o Brasil

Com visão pessoal de que a partir daquele momento estaria iniciada uma guerra cruel de todos contra todos, no dia 17 de fevereiro escrevi um artigo na 2ª página do Diário do Amapá, sob o título ‘Oposição surda desune o Brasil’.


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

Quando do impeachment de Dilma Rousseff, em agosto de 2016, pequena parcela da população alardeou que fora vil e descarado um golpe para alijar um governo que, para essa gente, era competente. Tão logo Temer tomou posse como Presidente, foi considerado o golpista. Quando o novo governo abriu a porteira viu o descalabro que estava o país com postura anormal nas suas atividades, muito longe da realidade na qual os pilares da República, como a Petrobras, essa rastejando e afundada em dívidas, quase falida. Os que se diziam vítimas de golpe não tinham a coragem de aceitar que a fome, o desemprego e a miséria em nada mudaram em benefício do povo, lembrando a tática de Joseph Goebbels, ministro da comunicação de Hitler, que enganou até chegar ao limite de uma guerra mundial com mais de 700 milhões de pessoas mortas. Na verdade, na hora da queda de Dilma o que se devia dizer era que o golpe não fora contra o Partido dos Trabalhadores, mas atingindo em cheio todo o país.

Com visão pessoal de que a partir daquele momento estaria iniciada uma guerra cruel de todos contra todos, no dia 17 de fevereiro escrevi um artigo na 2ª página do Diário do Amapá, sob o título ‘Oposição surda desune o Brasil’. E dizia: “A verdade é que mesmo trabalhando para dar nova cara ao país, Temer não conseguiu avançar. Primeiro, pela falta de liberdade, sabedoria ou coragem, não teve ou não soube usar a força para barrar nomes implicados em corrupção que vivem no governo, por décadas, como Moreira, Franco, Gim Argelo, deixando impressão de dependência em relação a todos eles. Os distúrbios ocorridos em vários estados, sublevação de presidiários e guerra nas ruas são ainda raízes do tempo do governo anterior que, agora, naturalmente, trabalha como oposição surda e que age para mostrar o veneno para tirá-lo do governo”.

O Michel Temer de hoje pode ser avaliado por frente e verso. Primeiro, quando ele convivia com seus pares que, mais tarde, veio a comandar. Nesse período, Temer cometeu os deslizes de que o acusam hoje. Foi omisso em mostrar que era homem de bem, testemunhando e comungando com aqueles que arruinaram o Brasil. Os seus pecados de ontem vem à tona e, por mais que se penitencie, não convence. E tome carga sobre ele! O outro lado de Temer é como Presidente. Para se portar como Nação, o Brasil merece outro tratamento, nunca tratar o Presidente com chantagem para incriminá-lo como marginal comum. Alvo de duas denúncias, Temer passou por cima da primeira e corre célere para vencer a segunda. Segundo o escritor italiano Luigi Pirandello, a verdade se expressa de acordo com a quem lhe interessa. Será que essa verdade só interessaria a Janot?

Quando se fala que o golpe só foi para punir um governo ruim, foge ao raciocínio, porque atingiu também em cheio a todos que necessitam de consciência como cidadão e, inspirados no espírito para tornar o Brasil maior do realmente é, livre dos politicamente incorretos, corruptos e levianos. Se não houver o esforço individual, não haverá homem nenhum nascido de mulher que coloque o Brasil aonde merece estar.


Deixe seu comentário


Publicidade