Humanização e abertura na informação
Desde os primórdios dos tempos, da descoberta do fogo às novas tecnológicas, das pinturas rupestres aos espetáculos de multimídia, dos hieróglifos á profusão das línguas, que a história da humanidade vem imprimindo formas interativas de comunicação.
Eliazar bezerra – jornalista
Articulista
Aqui convido o leitor a uma conversa interativa e mais humana.
Dizem que a segurança da informação foi a forma encontrada pelas organizações para proteger seus dados através de regras e controles rígidos, estabelecidos, implantados e monitorados. Convenhamos: fraca, ignorante e sujeita ao erro é a natureza humana. Daí há a necessidade de cuidados com a informação, principalmente as formas de comunicação de como julgar ou pré julgar o próximo.
Desde os primórdios dos tempos, da descoberta do fogo às novas tecnológicas, das pinturas rupestres aos espetáculos de multimídia, dos hieróglifos á profusão das línguas, que a história da humanidade vem imprimindo formas interativas de comunicação. Isso só se tornou possível porque o homem foi inteligentemente capaz de se comunicar e criar formas de registros através de processos de comunicação. Esses históricos processos de comunicação nos integram, apesar das diferenças e divergências. Hoje, a informação deve ser presentemente sensível ás necessidades alheias e a necessidade de estar atento, ou seja, de olhos abertos para os resultados quanto à informação, qual seja, a mais importante, para bem ou para o mal.
O ser humano, ao nascer, já traz consigo a capacidade de realizar com êxito qualquer tarefa. Sua atitude vitoriosa é algo mais do que um simples animal que traja roupas. Sua natureza intima é divina, ainda que sua divindade interior, a chamada Centelha Divina ou Crística, se encontre oculta pela cortina da ignorância. Homem e mulher são seres divinos que fazem parte da vida, do universo. Estamos temporariamente neste mundo para aprender, amar e servir. Pensamos e agimos, às vezes com otimismo e autoconfiança, e às vezes nem tanto, mais pela emoção do que pela razão.
Afirmou certa vez o canadense Marshall McLuhan, saudoso teórico da comunicação:
– O mundo está se transformando numa aldeia global!
Isso incute em nossa mente o fato de que tenha sido a partir desses conceitos que se firmou a ideia de comunicação global. Hoje vivemos num mundo globalizado e interativo com incrível capacidade de disponibilizar e absorver uma quantidade considerável de informações, através dos meios de comunicação, entre eles a internet.
Na origem da competência humana de transformar a realidade, produzir cultura e desenvolver sua própria história obviamente que sempre existirá formas de comunicação. A troca ininterrupta entre diferentes atores da rede de conversas, por exemplo, possibilita coletivamente gerar ambientes de profunda transformação e, por extensão, de criatividade e liberdade. Reflitamos que algumas criaturas humanas tem experimentado tão pouco as reais angústias do próximo, isto é, sentido tão pouca perplexidade e preocupação em auxiliar os outros. Reflitamos também que a linguagem primitiva, quando surgiu, foi a responsável por instigar o pensamento.
Esse pensamento, primitivo, gerou comunicação entre indivíduos e essa comunicação pode incialmente ter gerado conflitos por divergências de espaço, de liderança de grupo, busca por alimentação, etc. Assim, conceitualmente o homem pensa, e é esse pensar que gera o ato. A força do individuo é retirada do conjunto. Somos sociais, dependentes do grupo em que estamos inseridos. Por isso criamos famílias, cidades, associações de bairros, grêmios estudantis, time de futebol, entre outros.
São poucas as organizações e indivíduos que percebem a comunicação como ferramenta principal, às vezes precisa e eficiente, como forma de interação e comunicação humana. Um elogio, uma crítica, uma pergunta, uma solução. Palavras, gestos, atitudes e ações. Compartilhar experiências, produção e reprodução, aprofundar saberes, identificar-se com os outros, Reconhecer diferenças e produzir consensos para transformar o melhor possível à vida em sociedade, eis nosso desafio neste século XXI. Sem essa necessária comunicação, esse trabalho, em todas as dimensões, não acontece.
Não podemos continuar no indiferentismo e achar que o que pensamos e desejamos deve ser a prevalência sobre tudo e todos. É por isso que, lamentavelmente, os abusos políticos e religiosos surgem do nada para tentar desrespeitar, agredir e depois desejar esmagar outras culturas, isto é, outras formas de pensamento político e religioso.
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