O PT não desiste
Quem acompanha o julgamento do impeachment, que tramita no Senado, pode avaliar o grau de desconforto que contagia os poucos senadores que defendem a presidente afastada, Dilma Rousseff.
Ruy Guarany – Jornalista
Articulista
Muito embora sabendo que os ventos sopram ao contrário, sem qualquer indício de calmaria, os petistas mais radicais ainda acreditam numa virada que dificilmente acontecerá. A cada dia que passa o Partido dos Trabalhadores vai ficando mais isolado, voltando aos velhos tempos, quando fazia oposição a qualquer governo que não estivesse alinhado com o populismo lulista.
Quem acompanha o julgamento do impeachment, que tramita no Senado, pode avaliar o grau de desconforto que contagia os poucos senadores que defendem a presidente afastada, Dilma Rousseff.
Ao afirmar, repetidamente, que a Presidente não cometeu crime de responsabilidade, procuram não fazer referência ao fracassado governo do PT, principal causador da crise política que se agrava sem que surjam perspectivas que sinalizem quando é como irá acabar.
As sessões da Comissão Processante têm sido acaloradas devido aos constantes pedidos de questão de ordem dos senadores Lindemberg Farias (PT-RJ), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Gleise Hoffmann (PT-PR).
Detentores de boa retórica, tentam massificar a ideia de golpe arquitetado pelo PMDB com o objetivo de acabar com a Lava Jato.
Nas conversas de bastidores, não escondem mais que a batalha está perdida, crentes de que o impeachment de Dilma Rousseff já pode ser considerado como definido, até porque começa a ganhar força o entendimento de que mesmo que haja apenas uma ‘fumaça’ jurídica, o afastamento definitivo da Presidente, poderá ocorrer por questões políticas, a exemplo do que aconteceu no impedimento do ex presidente Collor de Melo.
Se a defesa da Presidente acha que não houve crime de responsabilidade, a resposta vem do TCU que, por unanimidade, detectou mais de 20 falhas na prestação de contas de Dilma Roussef referente ao exercício de 2015, infringindo dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Quanto ao que virá depois do impeachment, não temos dúvidas de que será uma oposição ferrenha contra o governo Temer, coisa que o PT sabe fazer com muita propriedade.
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